São Paulo, quinta-feira, 08 de outubro de 2009

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NO CORAÇÃO DA ÁFRICA
Carinhosamente tida como tímida, montanha não se revela para qualquer um, pois fica coberta por nuvens

Visão total do monte Kilimanjaro é difícil

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NA TANZÂNIA

Diz uma lenda masai que um nativo foi o primeiro a conquistar o cume do Kilimanjaro, o pico Uhuru, a 5.891 metros de altitude. Quando retornou, teria dito que escalou a montanha branca, "kilima najaro" na língua suaíli. Com tantos dialetos na região, e muitas variações de seu nome, ainda levaria alguns anos até a montanha ser batizada de Kilimanjaro.
Arusha é a cidade mais próxima do parque nacional do Kilimanjaro, considerado hoje pela Unesco um patrimônio da humanidade. Se tiver sorte, é da via principal que liga essa cidade ao parque que você avista pela primeira vez o cume coberto de neve.

Tímida
Mas a montanha não se revela para qualquer um. É carinhosamente chamada pelos nativos de tímida, já que fica encoberta a maior parte do tempo pelas nuvens.
Ao amanhecer e ao anoitecer, as chances de vê-la aumentam, mas, mesmo assim, é difícil ter uma visão completa.
Para conseguir ter a visão total, muitos turistas acampam por dias no parque nacional do Kilimanjaro -o ponto de partida das centenas de aventureiros que se preparam para a escalada- na tentativa de uma vista clara, sem nuvens.
O que se espera é ver as imagens de fotografias com animais na savana e o Kilimanjaro ao fundo.
No lado queniano, talvez, mas no lado tanzaniano, tudo o que se vê ao pé do monte é uma grande floresta com uma área de 7.535 hectares, repleta de espécies de animais ameaçadas de extinção e de uma das faunas mais ricas do mundo.

Dificuldades
A escalada é relativamente fácil, mas o frio e a altitude castigam aqueles que sonham atingir o cume desse antigo vulcão de neves eternas.
A rota mais frequentada é a via Marangu, também conhecida como a rota Coca Cola.
As outras rotas são as Machame, Mweka e Shira. Cada uma delas tem um grau de dificuldade diferente. O melhor é avaliar o seu preparo físico antes de decidir qual seguir.
(JULIANA BUSSAB)


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