São Paulo, quinta-feira, 08 de dezembro de 2005

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PORTOS BRASILEIROS

Pontos turísticos de Salvador, como o Mercado Modelo, são bem próximos ao local de desembarque

Porto soteropolitano está a passos do Pelô

DO ENVIADO ESPECIAL À COSTA BRASILEIRA

Os transatlânticos que aportam na capital baiana, em geral, oferecem excursões metropolitanas, que mostram a cidade histórica, os bairros novos e a lagoa do Abaeté, ou passeios que levam o passageiro de jipe até a praia do Forte, na costa Norte, onde o projeto Tamar preserva e cria tartarugas marinhas.
Com alguma ousadia, os bons andarilhos podem se arriscar num passeio a pé, pois o porto onde ancoram os transatlânticos, em Salvador, não é especialmente distante do Mercado Modelo, local ideal para comprar suvenires e travar um primeiro contato com a cultura baiana.
Dali, mais uma pequena caminhada e se chega ao elegante Trapiche Adelaide, um píer transformado em complexo de diversões que inclui restaurante chique, lojas de antigüidades, de vinhos e até de charutos.
Antes do Trapiche Adelaide, vale visitar a igreja Nossa Senhora da Conceição da Praia, erguida originalmente em 1549 -e ainda hoje conservando muito de suas linhas originais.
Seguindo mais adiante, com algum cuidado, chega-se ao Solar do Unhão, na avenida do Contorno, um conjunto arquitetônico que reúne prédios como o da capela de Nossa Senhora de Monte Serrat e o do Museu de Arte Sacra, que foi restaurando por Lina Bo Bardi na década de 60.
Quem não quiser ir tão fundo deve se deter antes do Trapiche Adelaide, entrando no elevador Lacerda, que faz a ligação entre a região próxima do Mercado Modelo, na chamada Cidade Baixa, e a Cidade Alta, onde fica o velho Pelourinho.
Antes de sair do prédio do elevador Lacerda, a dica é entrar no posto de informações turísticas, onde folhetos e mapas de Salvador têm distribuição gratuita.
A seguir, do lado de fora, avista-se, à direita, a Câmara Municipal.
Do alto, descortina-se a vista da Cidade Baixa, com o forte de São Marcelo dentro da Baía de Todos os Santos e embarcações de luxo ou rústicas e barcos de pesca ancorados ao largo do prédio da Capitania dos Portos.
Caminhando para a esquerda de quem deixa o elevador Lacerda, chega-se ao Pelourinho, o centro histórico que, tombado pela Unesco em 1985, encerra a alma da capital baiana.
Com suas igrejas, praças e mais de mil casas edificadas entre os séculos 16 e 19, o Pelourinho tem entre seus destaques o convento e a igreja de São Francisco, a da Ordem Terceira de São Francisco, a Fundação Casa de Jorge Amado, a igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, a catedral Basílica e o recém-reaberto convento do Carmo, um dos prédios mais antigos do Brasil, transformado em hotel de luxo pelos grupos hoteleiros Pestana e Pousadas de Portugal.
Na região histórica, há policiamento eficiente, mas sempre convém não ostentar câmeras fotográficas e dinheiro, pois o local é bastante turístico.
(SILVIO CIOFFI)


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