São Paulo, quinta-feira, 09 de fevereiro de 2006

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Arredores da praça rendem cultura e bom acepipe

DA ENVIADA ESPECIAL

Com um pouco mais de tempo, há bons passeios para fazer na região central da cidade, sem sair muito de perto do zócalo.
A algumas ruas da praça está a torre Latinoamericana. A subida ao último dos 43 andares do prédio ajuda o visitante a entender a cidade. E chegar até ela é simples, já que é possível avistá-la facilmente. Do alto, percebe-se rapidamente que a cidade é menos verticalizada do que São Paulo. Os prédios altos, em menor número, se destacam no horizonte do amontoado de construções que só encontra descanso no cume de alguns morros.
A torre Latinoamericana foi concluída em 1956 e sobreviveu a dois terremotos, o de 1957 e o de 1985. Por muito tempo foi a mais alta da cidade. Hoje, a detentora do título é a Torre Mayor.
Para refeições, há dois bons restaurantes. O Café Tacuba, na rua Tacuba, 28, virou nome de banda e é recomendado pelos moradores. Serve comidas bem mexicanas desde o café da manhã em um casarão do século 17.
O La Opera (rua 5 de Mayo, 14) vale pelo cenário pomposo, com veludo vermelho e madeira escura à vontade, onde a aristocracia mexicana do período pré-Revolução adorava comer, e por um detalhe saboroso: um círculo preto no teto marca o lugar atingido pela bala que saiu do revólver de Pancho Villa (1878-1923), revolucionário mexicano, que um dia, empolgado, deu um tiro para o alto ali mesmo. A comida mexicana servida é boa, embora seja bem apimentada. É bom, no entanto, fugir das opções da chamada culinária internacional, que, aqui, não têm nada de graça.
Outro lugar para comer carregado de informações é o El Cuadrilátero, ou o ringue. Fica na rua Luis Moya, 73. Serve comida mexicana, hambúrgueres e tortas -sanduíches. O lugar, que pertence a um ex-lutador mascarado, é cheio de máscaras antigas dele e de amigos e rivais de ringue.
Há ainda o importante palácio de Bellas Artes (mexico.udg.mx/arte/palacioba), belo museu que merece uma visita, e a plaza Santo Domingo, em cuja lateral há um punhado de barracas com prensas manuais, que fazem, ali mesmo, anúncios e convites. (HL)


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