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Comida tem sabor de floresta
DO ENVIADO ESPECIAL
A presença de frutas exóticas,
farinha de mandioca e uma variedade inesgotável de peixes deixa a
comida de Silves com gosto de
floresta e torna impossível a eleição do melhor prato local.
Os sucos de camu-camu -cítrico avermelhado rico em vitamina C-, cupuaçu, açaí e graviola são alguns dos mais apreciados.
O mingau de banana, o munguzá (mingau de milho branco), o
bolo de macaxeira (ou, para o Sudeste, de mandioca) e o "bolo podre", feito com farinha de tapioca,
não faltam no café da manhã.
No almoço, o surubim e o tambaqui são escalados para quase
todas as mesas amazonenses
-fritos, cozidos ou assados na
brasa, são temperados com sal, limão, salsa, coentro e cebolinha.
O molho de tucupi é o mais conhecido -amarelado, vem do
sumo da mandioca-brava fermentado e longamente cozido.
Outros peixes rendem bons pratos: matrinxã, jaraqui, tucunaré,
pacu, pirarucu, entre outras das
2.000 espécies da Amazônia.
Com o tambaqui, prepara-se
também uma lasanha.
O pirarucu é usado para a preparação de risotos, bolinhos, desfiados e outras iguarias.
As frutas rendem sorvetes -os
mais pedidos são os de cupuaçu,
graviola e araçá-boi.
A banana frita e a caldeirada de
peixe com pirão também frequentam o menu. Jerimum (abóbora) e palmito, depois de receberem condimentos ignorados pela
maioria dos forasteiros, viram deliciosos cremes.
Feito com tucupi (sumo da
mandioca), camarão seco, goma
de mandioca e folhas de jambu,
erva regional que adormece a língua, o tacacá, que vem da cozinha
indígena, é servido no jantar.
O bolo de guaraná, o pudim de
açaí e o pavê de castanha adoçam
a lista de receitas locais.
(RR)
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