São Paulo, quinta-feira, 09 de setembro de 2010

Próximo Texto | Índice

Deixe grafites e esculturas guiar em seu passeio por SP

Paulistanos e turistas começam a interagir mais com as diferentes formas de arte que se espalham pela capital

Roteiro revela obras de grandes artistas que estão ao alcance de um gostoso e demorado passeio pela metrópole

Alessandro Shinoda/Folhapress
Menino tira foto do mural pintado pelos grafiteiros paulistanos Osgemeos; obra foi feita na fachada do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), que fica no parque Ibirapuera

PRISCILA PASTRE-ROSSI
EDITORA INTERINA DE TURISMO

A "Mãe Preta", no largo do Paissandu, em São Paulo, recebe flores e velas. É fenômeno de devoção popular. A 7 km dali, uma parede no parque Ibirapuera se torna ponto turístico. É parada obrigatória para sessão de fotos.
A "Mãe Preta" não é nenhuma representação religiosa, mas uma escultura de Júlio Guerra (1912 - 2001), instalada em São Paulo há 55 anos, que retrata uma babá negra, que criou os filhos dos senhores de engenho nos tempos coloniais. Está sempre recebendo oferendas.
Já o mural que atrai olhares e cliques no parque Ibirapuera é o da fachada do MAM, e foi grafitado por Otávio e Gustavo Pandolfo, 35, os irmãos gêmeos que ficaram conhecidos como... Osgemeos. Hoje, os trabalhos da dupla fazem sucesso, e estão espalhados em muros e galerias mundo afora.
Esses são apenas dois exemplos de como a arte que está pelas ruas de São Paulo, da escultura ao grafite, deixou de ser estática para interagir com as pessoas.
Já é assim há bastante tempo em cidades tão diferentes quanto Chicago -com instalações como o intrigante "Cloud Gate", do artista indiano Anish Kapoor, no Millennium Park- e Moscou, com seus mosaicos, afrescos e estátuas que contam no metrô, a cada estação, um pouco da arte, da arquitetura e da história da Rússia.
Para explicar o fenômeno que cresce na capital paulista, o caderno de Turismo da Folha desta semana conversou com um time de peso.
Reunimos o arquiteto paisagista Luiz Portugal e os artistas plásticos Alex Flemming, autor dos painéis expostos na estação Sumaré do metrô de São Paulo; Ary Perez, que tem esculturas pela cidade; e Vik Muniz.
De Nova York, a correspondente Cristina Fibe fala das novas formas de arte pública na Grande Maçã, com as obras de Tom Otterness em estação de metrô e a escultura sonora do High Line.


Próximo Texto: Artistas imperdíveis
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.