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ITÁLIA "PARTICOLARE"
Repaginada, cidade foi capital cultural da Europa em 2004
Renovação começou em 1992, no festejo dos 500 anos da descoberta da América por Cristóvão Colombo
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
NA LIGÚRIA
Gênova, cidade rica de história, hoje se projeta para o futuro. A fisionomia genovesa começou a ser renovada em 1992,
ocasião do festejo dos 500 anos
da descoberta da América por
Cristóvão Colombo. Na época
houve a modernização do Porto Antico (www.portoantico.it) e da área metropolitana, e,
durante 2004, a cidade foi a Capital Cultural da Europa.
A partir do centro histórico,
descendo por um emaranhado
de ruas, vizinhas ao Porto, chega-se ao cais. Ali a vista se abre.
Da velha estrutura do armazém de algodão ao fim da estação marítima, o cais é rico de
negócios, bares e restaurantes.
O Bigo, um elevador içado por
cabos que sobe 40 m virando
360, permite um visão panorâmica da velha área portuária.
Nessa área, deve-se visitar a
piazza delle Feste, o aquário de
Gênova e o palazzo San Giorgio, a construção antiga mais
interessante do conjunto. O
prédio já foi a sede do porto e
exibe suntuosa fachada com
afrescos "trompe l'oeil" que parecem relevos.
Centro histórico
A piazza de Ferrari, com sua
bela fonte, é o elo entre a Gênova metropolitana e a medieval.
Adiante, chega-se à piazza Matteotti, onde fica o imponente
palazzo Ducale, antiga residência dos doges genoveses. Aproveite para tomar um café ali
mesmo. O prédio funciona como centro cultural. A torre é
aberta a visitação. Fica na piazza Matteotti, 9.
A via San Lorenzo abriga a
catedral e seu precioso tesouro,
exposto no Museo del Tesoro di
San Lorenzo. Entre as peças, há
um prato de vidro verde que teria sido usado na Última Ceia e
outro prato, esse de caledônia
azul, sobre o qual teria sido servida a cabeça de são João Batista a Salomé.
Com duas torres imponentes, a Porta Soprana, do século
12, é o antigo portão leste da
muralha que guardava a antiga
República "A Soberba". A poucos passos dali fica a casa onde
Cristóvão Colombo (1451-1506) teria nascido.
Ao navegador, que descobriu
a América sem saber que estava
sendo financiado pelos reis da
Espanha, em 1492, atribui-se
também as nacionalidades espanhola ou portuguesa, da ilha
da Madeira -e há quem diga,
inclusive, que Colombo tinha
origem judaica. Em Gênova, no
entanto, dá-se como certo que
o navegador nasceu numa casa
próxima à Porta Soprana. Da
porta avista-se o claustro de
Sant'Andrea.
Superando a via 25 de Abril,
chega-se à piazza Fontane Marose, onde começa a via Garibaldi -chamada de Strada
Nuova quando foi traçada, na
metade de 1500- e a via Balbi,
repleta de palácios de famílias
aristocráticas.
Alguns desses palácios guardam acervos históricos e de arte. Como o de Doria Tursi, sede
do município, construído de
1565 a 1579 por Nicoló Grimaldi, principal credor de Felipe 2º
da Espanha. O prédio possui estrutura arquitetônica inovadora, com um imponente portal
em sua fachada de mármore
branco, pedra rosa e ardósia.
No acervo está o famoso "cannone", violino de 1742 que pertenceu a Niccolò Paganini, e
documentos de Colombo.
Na via Garibaldi ficam os palácios Bianco e Rosso. O Bianco, no número 11, foi construído pelos Grimaldi, em 1565, e
doado a Gênova, em 1888, pela
duquesa de Galliera. Na galeria,
há obras de Peter Paul Rubens,
Van Dyck, Zubarán e Caravaggio, entre outros.
Já o Rosso, erguido por Brignole Sale, de 1671 a 1677, deve
seu nome à fachada pintada em
vermelho. Foi a principal residência aristocrática de Gênova.
Doado à cidade, com sua rica
coleção de obras de arte, também pela duquesa de Galliera,
Maria Brignole Sale De Ferrari,
em 1884, acabou danificado na
Segunda Guerra Mundial. Logo
foi restaurado. Guarda obras de
Dürer, Veronese e Strozzi.
A pé
Com um grande tráfego de
motos tipo Vespas, vias estreitas e pouco espaço para os carros, a melhor opção é trafegar
de ônibus -que funciona bem e
custa 1- ou a pé. O metrô
tem poucas linhas. E o táxi é
um tanto caro.
Caminhar, além de ser a opção mais econômica, permite
aproveitar melhor os passeios.
Mas nesta época do ano sopra o
"libeccio", vento gelado vindo
do mar. Por conta disso, a cidade construiu nas calçadas galerias onde é possível caminhar
apoiando-se em corrimãos.
Para definir o roteiro, um
bom ponto de partida é ir até o
quiosque de informações turísticas da piazza Matteotti, que
também pode ser acionado por
e-mail, no genovainforma@solidarietaelavoro.it.
(LANE FERNANDES)
Colaborou a Redação
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