|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PONTA DO CHARME
Balneário uruguaio dividido por águas do oceano Atlântico e do rio da Prata acolherá 300 mil veranistas
Geografia dá ar da graça em Punta del Este
MARGARETE MAGALHÃES
ENVIADA ESPECIAL A PUNTA DEL ESTE (URUGUAI)
Até janeiro, as areias e as ruas
de um dos balneários mais elegantes da América Latina, Punta
del Este, freqüentado por estrelados novos e antigos, como Antonio Banderas, Athina Onassis,
Marlon Brando e Brigitte Bardot,
se tornarão um local de encontro
de parceiros do Mercosul com os
"hermanos" uruguaios. A península de 10 mil habitantes, a 130 km
de Montevidéu, será tomada por
300 mil veranistas.
Os brasileiros podem se perguntar: "Por que trocar 8.000 km
de litoral com águas quentes para
se estirar nas areias de Punta?".
Algumas respostas: a geografia
e a paisagem são raras, não há perigo de o turista ter seus pertences
furtados, a areia é limpa, as noites
são badaladas, circula por lá muita gente bonita e, para quem gosta
de jogar com a sorte, Punta del Este comporta três cassinos -dois
deles em resorts de luxo, o tradicional Conrad e o novo resort
Mantra.
A localização geográfica do balneário, uma antiga vila de pescadores fundada em 1906, tem graças especiais. O pôr-do-sol é uma
delas. Na parte austral do hemisfério, os dias são longos no verão,
e a praia é aproveitada até o último instante. Aos domingos, confira o grande programa dos moradores de Punta.
Munidos de suas cuias de mate e
térmicas com água quente, eles
lotam a "rambla", estacionam os
carros na rua e se espalham pelo
muro do calçadão ou pela grama,
à espera do fim do dia.
Todos se ajeitam na ponta de
Punta, na divisa do rio da Prata e
do oceano Atlântico. Para ter a
exata noção desse divisor de
águas, caminhe pela principal rua
de comércio de Punta, a Gorlero,
e pare em algumas esquinas. Num
patamar mais elevado, olha-se de
um lado e avistam-se as águas do
rio. Do outro, as do Atlântico. De
um lado, veranistas com famílias
se banham na praia Mansa, com
águas mais calmas, do outro a
Brava, já com águas atlânticas.
Outra graça do balneário. Em
vez de coqueiros nos arredores
das praias, Punta del Este tem pinheiros e bosques que lembram
uma Campos do Jordão no litoral.
Numa caminhada ou numa volta
de bicicleta pelos bosques de La
Barra, a 12 km do centro, o turista
não verá casas com muros ou cercas, mas moradas com jardins
bem cuidados. O que se vê são
placas fincadas na frente de cada
uma delas, com nomes, como El
Deseo, La Merced, Morada del
Sol, Poseidon, La Serena, substituindo números.
"Elas indicam histórias. Há uma
chamada Florianópolis, pois o casal se conheceu lá", conta o guia
Alejandro Castro, 27.
La Barra promete ser o grande
agito das baladas do verão e deve
ficar intransitável na temporada.
Forrado de bares, ateliês, galerias,
restaurantes e discotecas na rota
10, o bairro é tomado por jovens.
Também é o lugar para caçar peças de antigüidade e peças de decoração. Divirta-se na ponte La
Barra, mais conhecida por ondulante. Passar de carro pelas duas
ondulações tira gargalhadas das
crianças e pedidos de "bis" por
darem um frio na barriga.
Fora da temporada, Punta volta
a ser um tranqüilo balneário como em qualquer parte do mundo.
Mas, em qualquer época do ano,
duas atrações são obrigatórias: a
Casapueblo, museu e casa do artista Carlos Páez Vilaró, 81, em
Punta Ballena, e a ilha dos Lobos,
a maior reserva de lobos-marinhos da América Latina, a 12 km
da costa, com 250 mil deles.
Margarete Magalhães viajou a convite
do Mantra Resort Spa & Cassino Punta
del Este
Texto Anterior: Copacabana Palace: Hotel carioca é único sul-americano em ranking Próximo Texto: Pacotes para Punta Del Este Índice
|