São Paulo, quinta-feira, 09 de dezembro de 2004

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PONTA DO CHARME

Balneário uruguaio dividido por águas do oceano Atlântico e do rio da Prata acolherá 300 mil veranistas

Geografia dá ar da graça em Punta del Este

MARGARETE MAGALHÃES
ENVIADA ESPECIAL A PUNTA DEL ESTE (URUGUAI)

Até janeiro, as areias e as ruas de um dos balneários mais elegantes da América Latina, Punta del Este, freqüentado por estrelados novos e antigos, como Antonio Banderas, Athina Onassis, Marlon Brando e Brigitte Bardot, se tornarão um local de encontro de parceiros do Mercosul com os "hermanos" uruguaios. A península de 10 mil habitantes, a 130 km de Montevidéu, será tomada por 300 mil veranistas.
Os brasileiros podem se perguntar: "Por que trocar 8.000 km de litoral com águas quentes para se estirar nas areias de Punta?".
Algumas respostas: a geografia e a paisagem são raras, não há perigo de o turista ter seus pertences furtados, a areia é limpa, as noites são badaladas, circula por lá muita gente bonita e, para quem gosta de jogar com a sorte, Punta del Este comporta três cassinos -dois deles em resorts de luxo, o tradicional Conrad e o novo resort Mantra.
A localização geográfica do balneário, uma antiga vila de pescadores fundada em 1906, tem graças especiais. O pôr-do-sol é uma delas. Na parte austral do hemisfério, os dias são longos no verão, e a praia é aproveitada até o último instante. Aos domingos, confira o grande programa dos moradores de Punta.
Munidos de suas cuias de mate e térmicas com água quente, eles lotam a "rambla", estacionam os carros na rua e se espalham pelo muro do calçadão ou pela grama, à espera do fim do dia.
Todos se ajeitam na ponta de Punta, na divisa do rio da Prata e do oceano Atlântico. Para ter a exata noção desse divisor de águas, caminhe pela principal rua de comércio de Punta, a Gorlero, e pare em algumas esquinas. Num patamar mais elevado, olha-se de um lado e avistam-se as águas do rio. Do outro, as do Atlântico. De um lado, veranistas com famílias se banham na praia Mansa, com águas mais calmas, do outro a Brava, já com águas atlânticas.
Outra graça do balneário. Em vez de coqueiros nos arredores das praias, Punta del Este tem pinheiros e bosques que lembram uma Campos do Jordão no litoral. Numa caminhada ou numa volta de bicicleta pelos bosques de La Barra, a 12 km do centro, o turista não verá casas com muros ou cercas, mas moradas com jardins bem cuidados. O que se vê são placas fincadas na frente de cada uma delas, com nomes, como El Deseo, La Merced, Morada del Sol, Poseidon, La Serena, substituindo números.
"Elas indicam histórias. Há uma chamada Florianópolis, pois o casal se conheceu lá", conta o guia Alejandro Castro, 27.
La Barra promete ser o grande agito das baladas do verão e deve ficar intransitável na temporada. Forrado de bares, ateliês, galerias, restaurantes e discotecas na rota 10, o bairro é tomado por jovens. Também é o lugar para caçar peças de antigüidade e peças de decoração. Divirta-se na ponte La Barra, mais conhecida por ondulante. Passar de carro pelas duas ondulações tira gargalhadas das crianças e pedidos de "bis" por darem um frio na barriga.
Fora da temporada, Punta volta a ser um tranqüilo balneário como em qualquer parte do mundo.
Mas, em qualquer época do ano, duas atrações são obrigatórias: a Casapueblo, museu e casa do artista Carlos Páez Vilaró, 81, em Punta Ballena, e a ilha dos Lobos, a maior reserva de lobos-marinhos da América Latina, a 12 km da costa, com 250 mil deles.


Margarete Magalhães viajou a convite do Mantra Resort Spa & Cassino Punta del Este


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