São Paulo, quinta-feira, 09 de dezembro de 2010

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Limpeza precisa ser levada em conta

Bagunça no quarto não depende do albergue, mas o cuidado com os banheiros coletivos e as áreas comuns, sim

É importante informar-se sobre todos os pontos antes de fazer a reserva para não ter problemas quando chegar ao local


DE SÃO PAULO

Malas e mochilas esparramadas pelo chão, toalhas penduradas em beliches, sapatos espalhados, luz que acende no meio da noite... É assim. Só quem tem muita sorte divide o quarto com pessoas supereducadas que não fazem nada disso. Mas isso não depende do proprietário do albergue, e sim de quem se hospeda nele.
O que depende do albergue são pontos como a limpeza. Logo na calçada do HI Downtown, na região central de São Paulo, havia duas baratas esmagadas no dia em que a reportagem esteve lá.
Dentro do albergue, inclusive no quarto, o cheiro de inseticida é bem forte. "Devia ser dia de dedetização, porque isso não é normal", afirma Aparecida Ferreira, sócia-administrativa do local.
A localização é outro ponto negativo do "hostel". Embora esteja perto de estações de metrô e de linhas de ônibus que levam a qualquer ponto da cidade, a proximidade com a cracolândia dificulta uma saída noturna em segurança. Um passeio a pé por ali após as 22h não é recomendável. "Temos segurança na porta e nunca tivemos relato de assalto dos nossos hóspedes", diz a dona.
Os pertences são outra questão a que o alberguista deve ficar atento. A maioria dos albergues possuem armários ("lockers", em inglês), mas não têm cadeado -ponto para o HI Downtown, que oferece a fechadura ao hóspde.
Sempre que procurar um albergue, aqui ou fora do país, leia tudo o que é informado no site. "Internet grátis" às vezes é uma pegadinha. Você faz a reserva achando que poderá se comunicar a qualquer hora e, quando chega ao local, é, na verdade, wireless gratuito. Ou seja, se você não levou um laptop, vai ter de pagar.

SEM PRESSA
O banheiro é outro detalhe. No Gol Backpackers, perto da avenida Paulista, há dois chuveiros para homens e dois para mulheres, sendo que há 24 camas. Dependendo do horário em que o hóspede quiser tomar banho, terá de esperar. Alan Nicoliche, proprietário do local, inaugurado em setembro, afirma que as pessoas tomam banho em horários diferentes. "E cada vez que um hóspede aponta um problema, tentamos melhorar."
No HI Sampa Hostel, na Vila Madalena, há três banheiros para três quartos coletivos, mas dois banheiros são do lado de fora e acaba formando uma fila no único de dentro. "Adorei esse albergue, mas acho que falta banheiro", diz a engenheira Viviane Medeiros, 25, que sempre que viaja se hospeda em albergues.
Deborah Cavalieri, a proprietária, diz que o local vai passar por reforma e que cada quarto terá um banheiro. (LUISA ALCANTARA E SILVA)


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