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NOS BÁLCÃS
Hordas não chegaram a Liubliana
Capital eslovena reúne todos os elementos de suas pares européias, à exceção das multidões de turistas
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
NA ESLOVÊNIA
Liubliana é uma charmosa
capital européia, sem as multidões de turistas que costumam
vir com as grandes capitais.
Pequena e cheia de vida, foi
descrita pelo "New York Times" como "Praga em 1995",
justamente antes de essa cidade ver o número de turistas se
multiplicar por suas pontes.
A capital eslovena é recortada pelo rio Ljubljanica, que
completa o cenário do pitoresco centro histórico, emoldurado pelo castelo Ljubljanski
Grad (www.sloway.com/grad) e com os magníficos Alpes Julianos -subcordilheira
dos Alpes que se estende da Itália à Eslovênia- ao fundo.
A parte mais interessante da
cidade é centro histórico. A
presença de elementos do barroco, do art noveau e do modernismo e o legado do arquiteto
Joze Plecnik (1872-1957) deixam amantes da arquitetura
boquiabertos.
Um bom ponto de partida para iniciar a exploração do centro antigo é a praça dedicada ao
poeta e ícone nacional France
Preseren (1800-1849) -e que
leva o mesmo nome. Preseren
viveu no século 19 e é tido como
o maior poeta esloveno. Após a
independência eslovena, uma
de suas obras foi transformada
no hino nacional do país. Seu
amor não correspondido por
Julija Primic -jovem de uma
rica família de mercadores e
sua principal musa- o levou a
acentuar sua produção romântica, mas as tentativas do boêmio literário foram em vão.
Da praça saem as famosas
três pontes que atravessam o
rio Ljubljanica, conectando esta parte do centro ao mercado.
Mercado e pontes foram projetados por Plecnik -referência
mundial em modernismo.
A idéia de Plecnik foi transformar a cidade, sob intensa influência germânica, em uma
capital mediterrânea, evocando a antigüidade clássica numa
releitura moderna.
O mercado é uma atração
permanente e mostra o dia-a-dia dos locais, que vão às compras ali diariamente.
Barracas com frutas, vegetais, cogumelos (uma das deliciosas especialidades do país),
biscoitos, mel (outra especialidade), além de artesanato, se
espalham num animado colorido. Além da parte aberta, visite
as instalações internas, que
vendem queijos, pães, massas,
frutas secas e outros quitutes.
De lá, parta para o Ljubljanski Grad, de onde se tem uma
vista panorâmica da cidade. O
castelo apresenta uma fusão do
edifício original com estruturas
modernas. Não deixe de subir
na torre para ver a cidade.
O centro histórico, assim como em outras cidades européias, é repleto de atraentes
ruas. Deixe-se levar ao longo do
rio Ljubljanica com suas pequenas e charmosas pontes. Às
suas margens há diversos cafés
e bares, que a partir da primavera ficam com suas mesas para
fora, convidando os transeuntes a uma parada para um café.
Descubra as ruas escondidas e
vias exclusivas para pedestres.
Verde capital
Por fim, tome o rumo do parque Tivoli, uma enorme área
verde demarcada em 1813, com
diferentes trilhas. Nos arredores do parque, mais duas paradas: a Galeria Nacional e o Museu de Arte Moderna.
(ANA CE)
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