São Paulo, quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

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NOS BÁLCÃS

Hordas não chegaram a Liubliana

Capital eslovena reúne todos os elementos de suas pares européias, à exceção das multidões de turistas

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NA ESLOVÊNIA

Liubliana é uma charmosa capital européia, sem as multidões de turistas que costumam vir com as grandes capitais.
Pequena e cheia de vida, foi descrita pelo "New York Times" como "Praga em 1995", justamente antes de essa cidade ver o número de turistas se multiplicar por suas pontes.
A capital eslovena é recortada pelo rio Ljubljanica, que completa o cenário do pitoresco centro histórico, emoldurado pelo castelo Ljubljanski Grad (www.sloway.com/grad) e com os magníficos Alpes Julianos -subcordilheira dos Alpes que se estende da Itália à Eslovênia- ao fundo.
A parte mais interessante da cidade é centro histórico. A presença de elementos do barroco, do art noveau e do modernismo e o legado do arquiteto Joze Plecnik (1872-1957) deixam amantes da arquitetura boquiabertos.
Um bom ponto de partida para iniciar a exploração do centro antigo é a praça dedicada ao poeta e ícone nacional France Preseren (1800-1849) -e que leva o mesmo nome. Preseren viveu no século 19 e é tido como o maior poeta esloveno. Após a independência eslovena, uma de suas obras foi transformada no hino nacional do país. Seu amor não correspondido por Julija Primic -jovem de uma rica família de mercadores e sua principal musa- o levou a acentuar sua produção romântica, mas as tentativas do boêmio literário foram em vão.
Da praça saem as famosas três pontes que atravessam o rio Ljubljanica, conectando esta parte do centro ao mercado. Mercado e pontes foram projetados por Plecnik -referência mundial em modernismo.
A idéia de Plecnik foi transformar a cidade, sob intensa influência germânica, em uma capital mediterrânea, evocando a antigüidade clássica numa releitura moderna.
O mercado é uma atração permanente e mostra o dia-a-dia dos locais, que vão às compras ali diariamente.
Barracas com frutas, vegetais, cogumelos (uma das deliciosas especialidades do país), biscoitos, mel (outra especialidade), além de artesanato, se espalham num animado colorido. Além da parte aberta, visite as instalações internas, que vendem queijos, pães, massas, frutas secas e outros quitutes.
De lá, parta para o Ljubljanski Grad, de onde se tem uma vista panorâmica da cidade. O castelo apresenta uma fusão do edifício original com estruturas modernas. Não deixe de subir na torre para ver a cidade.
O centro histórico, assim como em outras cidades européias, é repleto de atraentes ruas. Deixe-se levar ao longo do rio Ljubljanica com suas pequenas e charmosas pontes. Às suas margens há diversos cafés e bares, que a partir da primavera ficam com suas mesas para fora, convidando os transeuntes a uma parada para um café. Descubra as ruas escondidas e vias exclusivas para pedestres.

Verde capital
Por fim, tome o rumo do parque Tivoli, uma enorme área verde demarcada em 1813, com diferentes trilhas. Nos arredores do parque, mais duas paradas: a Galeria Nacional e o Museu de Arte Moderna. (ANA CE)


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