São Paulo, quinta-feira, 10 de março de 2011 |
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Baía do Sueste atrai mergulhador de primeira viagem Local é um dos principais redutos de alimentação das tartarugas marinhas que visitam Fernando de Noronha Não é raro encontrar o inofensivo tubarão-lixa por ali, uma espécie que pode chegar a quatro metros de comprimento DA ENVIADA A FERNANDO DE NORONHA As águas azuis e bravias de Fernando de Noronha são um convite ao mergulho, seja ele autônomo (com cilindro de ar comprimido), seja o básico, com máscara e snorkel. Dezenas de pontos de interesse estão apontados no mapa e encerram diferentes níveis de dificuldade. Quem mergulha com cilindro deve contratar uma das três operadoras especializadas: Altantis Divers, Águas Claras e Noronha Divers. O melhor período para a prática é entre setembro e o início de novembro, quando as águas estão mais calmas e a visibilidade fica ainda maior. Mesmo assim, é possível mergulhar o ano inteiro em vários pontos, sempre com cuidado e, de preferência, em dupla. A baía do Sueste é um dos pontos preferidos de quem está iniciando no esporte e vai fazer o mergulho de máscara e snorkel. Um dos principais redutos de alimentação das tartarugas marinhas que visitam Fernando de Noronha, essa baía é habitada por uma profusão de peixes coloridos, que encantam crianças e adultos. Não use filtro solar enquanto estiver nesse aquário natural e prepare-se para ter seu tempo de mergulho controlado por ali. Nesse local, é comum encontrar o inofensivo tubarões-lixa, espécie que pode chegar a quatro metros de comprimento e nadando na parte mais funda. Embora muitos visitantes ainda fiquem incomodados com a presença do bicho, o ambiente é tão equilibrado, e a espécie relativamente tão pouco agressiva, que os lambarus, como também são chamados, dispensam um "banquete" humano. Para evitar pisar nos frágeis arrecifes, é obrigatório o uso de colete durante o mergulho no Sueste. Eles podem ser alugados por R$ 5 a diária na beira da praia. Snorkel, máscara e nadadeiras e outros equipamentos estão disponíveis para locação -se bem que, quem vai para Noronha, pode bem levar esse equipamento básico de mergulho. A piscina natural do Atalaia é outro local onde há grande diversidade de fauna marinha. Devido à delicadeza do ambiente, as visitas são acompanhadas por um guia credenciado pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Biodiversidade), órgão que gerencia o parque nacional. A dinâmica da piscina é simples. Com a maré alta, vários peixes, tubarões, tartarugas e outros bichos se alimentam tranquilamente no local. Quando a maré abaixa, esses animais ficam "ilhados", sem conseguir sair até que ela suba novamente. Assim, quem visita a região consegue facilmente ver os bichos subaquáticos. PROFISSIONAIS Mergulhos mais profundos também fazem sucesso. A temperatura amena das águas do arquipélago permite dispensar a roupa de neoprene em várias situações. Presente em várias listas dos melhores mergulhos em naufrágio do mundo, os destroços da Corveta Ipiranga (V-17) atraem pela diversidade de peixes e corais. A embarcação da Marinha Brasileira, que naufragou em 1983, fica a aproximadamente 62 metros de profundidade e está muito bem conservada. Um dos pontos altos do passeio é encontrar o canhão cercado de peixes menores e, não raro, de tubarões. Quem não tem credencial de mergulho -obrigatória nesses passeios- pode fazer o chamado mergulho de batismo, que inclui um minicurso e a presença de um instrutor. A profundidade e o nível de dificuldade, nesses casos, são menores. Várias empresas oferecem descontos para quem paga em dinheiro. Grupos normalmente conseguem boas promoções. (GIULIANA MIRANDA) Texto Anterior: Taxa não vai diretamente para preservação Próximo Texto: Ano da descoberta divide historiadores Índice | Comunicar Erros |
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