São Paulo, quinta-feira, 10 de maio de 2007

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MERCADÃO DO SERTÃO

Em Pernambuco, feira de Caruaru é tão grande que são três

Grande mercado espalhado por praça dessa cidade funciona como curso intensivo de cultura nordestina

CLAYTON BUENO
ENVIADO ESPECIAL A PERNAMBUCO

Luiz Gonzaga (1912-1989) cantou sobre a feira de Caruaru: "De tudo que há no mundo, nela tem pra vender". O verso traduz a impressão que se tem ao chegar a essa feira, que, na verdade, são três: a Sulanca (de roupas, funciona às terças), a livre (de quarta a sábado) e a de artesanato, permanente. As feiras funcionam como uma espécie de síntese da cultura nordestina condensada no parque 18 de Maio. São 218 mil metros quadrados freqüentados por uma média de 100 mil pessoas a cada semana.
Caminhar por suas ruelas equivale a fazer um curso intensivo de tradições nordestinas. Tudo o que é vendido nessas barracas carrega a marca dos anos de história que levaram essa região a se tornar o que ela é hoje. Maior cidade do interior do Pernambuco, Caruaru -no agreste pernambucano, a 135 km de Recife, a cidade tem atualmente cerca de 270 mil habitantes- depende da feira, que movimenta grande parte da economia local.

Produtos
A oferta em Caruaru parece infinita, tanto na variedade quanto na quantidade. Lá é possível encontrar artigos de couro e produtos como bonecos de barro feitos a mão, brinquedos de madeira, redes, cestas, chapéus, carnes, queijos, cereais, sementes, frutas típicas etc. (leia mais sobre os produtos à venda na pág. F4). E valem as regras de toda e qualquer feira: o preço cai com o avançar das horas e a pechincha faz parte do negócio.
Além de batalhar pelo menor preço para um suvenir de viagem, é bom prestar atenção não só no conteúdo, mas na forma. É que ela desempenha papel ativo em Caruaru. As feiras são formadas por barracas e por bancos -como são chamadas as tendas- de tantos formatos, cores e tamanhos quanto é possível o visitante imaginar.


CLAYTON BUENO viajou a convite da Empetur (Empresa de Turismo de Pernambuco)


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