São Paulo, quinta-feira, 10 de maio de 2007

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MERCADÃO DO SERTÃO

Bode batiza maior parte dos restaurantes

Apesar disso, as casas servem receitas sem carne caprina; manteiga de garrafa acompanha as refeições

ENVIADO ESPECIAL A PERNAMBUCO

Ao procurar lugar para uma refeição em Caruaru, a primeira coisa que se nota é que boa parte dos restaurantes tem "bode" no nome: "Big Bode", "Bode Mania", "Farra do Bode", entre outros.
Apesar do nome, nesses lugares as opções de pratos não se resumem àqueles preparados com a carne do caprino.
No "Recanto do Bode" (no bairro do Alto do Moura), a porção de carne de sol para duas pessoas sai por R$ 13. O bode assado custa R$ 12. Os pratos vêm com arroz, feijão verde, farofa e vinagrete. Para quem quiser petiscar, a pedida é o espeto de lingüiça de bode, que custa R$ 13. Não é necessariamente uma opção leve.
Os caruaruenses, quando questionados sobre o forte odor da carne, dizem que o bode, se abatido ainda jovem, não apresenta o cheiro característico que afugenta quem nunca provou a carne do animal. Quando é morto em idade avançada, a percepção de perigo faz que o animal fique com medo. Com isso, a adrenalina é despejada na corrente sangüínea, e daí surge o odor.

Manteiga
Não importa qual seja o restaurante, sobre a mesa, ao lado dos tradicionais sal e pimenta, o garçom coloca um vidro ainda quente contendo um líquido amarelado. É a manteiga de garrafa. Ao ser questionado pela reportagem sobre com quais pratos a manteiga de garrafa vai bem, o garçom não poderia ter sido mais direto. "Vai bem com todos", afirma. E vai. A manteiga é produzida de forma artesanal e pode também ser comprada na feira de Caruaru.
(CLAYTON BUENO)


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