São Paulo, Segunda-feira, 10 de Maio de 1999
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Logotipo do hotel tem 5.000 anos

da enviada especial

Uma curta caminhada pelas instalações do Costão do Santinho mostra o capricho dos proprietários. Desde plaquinhas espalhadas pelos gramados, com frases como "Ouça as pedras e veja o vento", até o bom gosto na decoração dos apartamentos e das áreas comuns mostram a presença e a dedicação constante dos donos Iolanda e Fernando Marcondes de Mattos.
Os símbolos abstratos nos uniformes, placas e impressos até causam uma surpresa inicial. Mas surpreendem, de fato, quando se descobre que na verdade são reproduções de inscrições rupestres deixadas nas pedras do morro das Aranhas há cerca de 5.000 anos.
"Como julgamos importante preservar o sítio arqueológico, procuramos o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) para projetar o Museu Arqueológico ao Ar Livre Costão do Santinho", conta Mattos. Inaugurado em dezembro de 97, o museu recebeu, só no ano passado, a visita de 60 mil pessoas.
O sítio arqueológico é formado por quatro petroglifos (inscrições em pedras) e uma oficina lítica, utilizada para a confecção e a afiação de instrumentos de pedra. As marcas são, principalmente, motivos geométricos esculpidos em rochas de frente para o mar.
As pedras que servem de base para as inscrições encontram-se bastante deterioradas. Segundo estudos geológicos, a principal causa da degradação é a variação rápida na temperatura da rocha, além do vento e da chuva. Por isso uma estrutura de sombreamento foi projetada para proteger as inscrições.


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