MARISTELA DO VALLE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NA ÁFRICA DO SUL

A observação dos leões é garantida no Lion Park, a 45 minutos de carro do centro de Johannesburgo e também do seu aeroporto central. O parque lembra mais o Zôo Safari, de São Paulo, no qual os visitantes entram de carro e vêem pela janela os animais sentados ou circulando numa área parecida com o seu hábitat natural.
O Lion Park não proporciona a emoção do safári fotográfico, porque não mostra os felinos na ativa, caçando outros animais, nem a interação entre vários bichos. Mas é uma ótima alternativa para quem está de passagem pela África do Sul por causa da conexão de um vôo e quer ter o gostinho de ver ao menos um animal africano.
Também satisfaz quem não conseguiu ver leões durante seu safári fotográfico. Sim, porque os parques nacionais sul-africanos são tão grandes que o turista não tem nenhuma garantia de que vai avistar todos os "big five", os cinco grandes: o leão, o leopardo, o rinoceronte, o búfalo e o elefante. Mas no Lion Park a frustração de não ver os grandes felinos não existe. Cerca de 70 leões moram ali. A maioria fica deitada preguiçosamente sob o forte sol ou caminha vagarosamente em meio à vegetação de savana. De vez em quando, um ou outro abre a boca ou se aproxima da janela, adicionando emoção ao tour.
Emocionante mesmo é a interação com os filhotes de leão e as girafas ao final do passeio.
Depois de circular de carro pelas quatro grandes áreas de leões e de ter passado por uma zona maior com outros animais, como zebras e antílopes, os turistas saem do veículo para visitar uma pequena área com animais encerrados em jaulas.
Não, não se trata de um simples zoológico, mas de um espaço interativo. Uma escadinha de madeira leva o turista à altura da cabeça da girafa, para que ele a alimente com uma ração especialmente escolhida para agradar ao paladar dela. Dá um pouco de aflição sentir aquela língua mole e comprida lambendo a sua mão. Mas é o único senão. O contato apenas comprova aquela primeira impressão de que a girafa é um animal dócil e manso.
Também com os filhotes de leão o contato foge a qualquer experiência de safári. Ao lado do tratador, o turista faz carinho no pêlo macio do bichano e se sente um Indiana Jones. Mas é preciso tomar muito cuidado para não levar uma mordida de um filhote de hiena ou de outro leãozinho que possa estar ali por perto.