|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
internacional
Viajantes fogem de crise no México
Comércio da capital perde US$ 23 bi por dia
DA ASSOCIATED PRESS
Uma cabeça humana flutua
na baía de Acapulco. Manifestantes assediam turistas em
Oaxaca. E, na Cidade do México, grupos tomam conta da avenida Reforma e do zócalo, afastando os visitantes.
A crise política e a violência
gerada pelo tráfico de drogas
estão fazendo estrangeiros
pensarem duas vezes antes de
ir ao México, onde a indústria
do turismo movimenta US$
11,8 bilhões e é a terceira fonte
legal de dinheiro, atrás do petróleo e da emissão de dinheiro
de migrantes nos EUA.
O setor enfrenta adversidades desde outubro de 2005,
quando o furacão Wilma varreu
Cancún, o principal destino do
país. Agora, apesar de ainda não
terem sido registrados incidentes com turistas, milhares de
reservas de hotéis já foram canceladas.
Na Cidade do México, hotéis,
restaurantes e lojas perdem
US$ 23 milhões por dia, de
acordo com a Câmera de Comércio, Serviços e Turismo da
capital mexicana.
Em Oaxaca, os manifestantes, reclamando de fraude na
eleição para o governo do Estado, sitiaram o zócalo, praça que
concentra pontos turísticos. A
intenção é provocar a renúncia
do governador Ulises Ruiz.
Enquanto isso, em Acapulco,
à beira do Pacífico, gangues de
droga batalham pelo controle
do mercado local e jogam cabeças humanas nas águas da baía.
Já na Cidade do México,
apoiadores do candidato esquerdista Andrés Manuel López Obrador, derrotado na eleição de julho deste ano por Felipe Calderón, tomam conta do
zócalo e da avenida Reforma,
que liga o parque de Chapultepec ao centro histórico, para
pressionar a recontagem dos
votos. Museus, restaurantes e
hotéis estão vazios.
Autoridades do turismo afirmam que as coisas podem ficar
ainda piores. "Se essa situação
se mantiver por mais uma semana ou dez dias, alguns hotéis
entrarão em uma situação desesperadora", diz Carlos Mackinlay, diretor do órgão de promoção turística da capital.
Para piorar, a tranqüilidade
de Cancún foi quebrada nesta
semana, quando homens abriram fogo contra Sam Rodriguez, investigador que trouxe à luz o envolvimento de autoridades e policiais com o tráfico
de drogas. A península de Yucatán se tornou escala da rota que
leva cocaína da América do Sul
para os EUA.
Texto Anterior: Pacotes para A África do Sul Próximo Texto: Burocracia turística: Pedir visto em cima da hora frustra viagem Índice
|