REFORMA >> Prefeito da cidade quer devolver brilho ao local, que já foi destino de estrelas e hoje é considerado perigoso

DA REUTERS

O prefeito de Nova York quer revitalizar Coney Island, no Brooklyn. Michael Bloomberg, que concorre ao terceiro mandato como candidato independente, já mudou a paisagem de alguns locais nova-iorquinos onde gangues de rua dominavam. Agora, pode ser a vez de Coney Island.
Conhecida por seus parques de diversão, a região passou por um período de decadência e ainda é considerada bastante perigosa.
O prefeito quer transformar Coney Island em um destino turístico durante o ano todo, com hotéis de luxo e 4.500 novos apartamentos. Ele acredita que, se implantado, o projeto criaria 6.000 empregos fixos e traria cerca de US$ 14 bilhões ao longo dos anos.

Passado
Coney Island já foi destino de estrelas, como a atriz e cantora Lillian Russell. Porém, após as duas guerras mundiais e a Grande Depressão, imigrantes e famílias pobres foram se instalando na região.
Os famosos brinquedos ainda fazem parte do skyline dessa região de Nova York, mas os imóveis estão deteriorados, lojas foram fechadas e famílias se mudaram de lá.
Essa não é a primeira tentativa de revitalizar Coney Island. Instituições como igrejas locais já pensaram na recuperação, mas o dinheiro, a vontade ou ambos não foram suficientes.
O anúncio de Bloomberg ocorreu em julho, quando ele falou de seu plano de devolver a Coney Island a sua glória, criando um destino turístico e dando aos moradores mais qualidade de vida.
Entretanto, há pessoas que não gostaram da ideia do prefeito, como Dianna Carlin, que tem um rinque de patinação no local. Para ela, o projeto "irá destruir o legado de Coney Island". Entretanto, situação e oposição concordam em um ponto: Coney Island está pobre de investimentos.
"É um local com uma pobreza significativa, poucos empregos e lotes abandonados", afirmou Seth Pinsky, presidente de uma entidade de desenvolvimento econômico local. De acordo com ele, Coney Island só teve um grande investimento em duas décadas.
No projeto do prefeito Bloomberg, 35% dos novos apartamentos seriam para famílias mais simples, de acordo com Pinsky.


Texto Anterior: Giro pelo mundo dos livros
Índice