do enviado especial

Se há um esforço dos organismos de turismo da Argentina para atrair visitantes à península Valdés, há, por outro lado, muita apreensão por parte dos pesquisadores e técnicos da reserva.
"Os turistas nem sempre estão preparados para visitar reservas ecológicas", pondera Maricel Giacardi, assessora técnica das áreas de preservação.
De fato, frequentemente os visitantes tratam os animais como atrações de circo ou parque de diversões.
Querem tocá-los, querem que façam "poses" para suas objetivas, querem, enfim, que os bichos correspondam ao investimento da viagem.
Os argentinos ainda não têm estudos sobre qual seria a circulação ideal de visitantes na região.
Tampouco contam com recursos para organizar a reserva -dinheiro que o turismo poderia propiciar.
Acontece que os dólares deixados pelos visitantes não revertem diretamente para a preservação. Vão para o caixa da Província.
Outro problema local é a existência de fazendas e terras privadas no interior da península.
Há estudos com vistas a evitar a circulação de veículos particulares na região -o que causa reação da comunidade local, tanto quanto os projetos para limitar caça e pesca. (MAG)



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice