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Região recebe turistas 'cíclicos'
free-lance para a Folha
Durante o verão, é comum encontrar na Patagônia um tipo de
viajante independente e interessante. Trata-se do cicloturista.
Sobre sua bicicleta, ele cobre as
distâncias entre os parques nacionais e leva a bagagem em alforjes
(espécie de mochila especial para
ciclistas). Chegando aos parques, o
cicloturista deixa a bicicleta em
uma das "guarderias" e parte para as caminhadas.
A bicicleta é um meio de transporte extremamente versátil e proporciona muita liberdade ao turista, além de colocá-lo em contato
direto com a natureza. Por fim, a
bicicleta proporciona outra aventura: a de conquistar o avanço com
as próprias forças.
O cicloturista não depende do
transporte convencional para se
locomover e também não precisa
de hotéis pela estrada, já que leva
consigo barraca, fogareiro e comida para vários dias.
Apesar de ser uma alternativa de
turismo radical, um número cada
vez maior de cicloturistas invade a
Patagônia todos os verões, vindos
de várias partes do mundo.
Os estilos de cicloturistas variam, e as distâncias percorridas
por eles, também. Há pessoas realizando viagens de um mês, outras
de alguns meses, e outros que estão na estrada por anos até. Isso
porque viajar de bicicleta é apaixonante e requer pouco dinheiro.
Carona
Quando o vento ou a chuva se
tornam um obstáculo grande demais, o cicloturista apela para um
recurso muito interessante e popular na Patagônia, a carona.
Os gaúchos do interior da Argentina e do Chile são extremamente
solícitos e hospitaleiros, apesar de
terem uma aparência imponente.
Basta fazer sinal com a mão, e os
carros param. Raramente um motorista ignora um pedido de ajuda.
Para facilitar ainda mais a vida dos
ciclistas, é muito comum encontrar picapes circulado pela Patagônia, e, por isso, as bicicletas podem
ser transportadas facilmente.
O cicloturista pode assim estabelecer um contato direto com os
moradores, o que permite conhecer a cultura local com maior profundidade.
Pegar carona não é privilégio exclusivo do cicloturista. Há muitos
mochileiros de carona pelas estradas argentinas e chilenas.
Muitos são estudantes argentinos, que partem em direção ao sul
do continente em uma viagem
despreocupada. Encontram-se
também muitos europeus e um
grande número de israelenses.
Viajar de carona é uma experiência enriquecedora para aqueles
com tempo suficiente. É um exercício de liberdade e de convívio
com outras culturas, além de uma
lição sobre as incertezas decorrentes de uma aventura.
A pé
Mas a atividade que realmente
une todos os turistas na Patagônia
é o trekking.
Não importa como você viaje. De
carona, de bicicleta ou em excursão, chegará uma hora em que você precisa caminhar para se aproximar das montanhas e dos pontos
interessantes da Patagônia.
Há trilhas para todos os gostos. É
possível passar dias seguidos caminhando e acampando pelos
parques. Você também pode fazer
caminhadas mais curtas, visitando
apenas alguns locais escolhidos.
O trekking é uma atividade saudável, praticada por pessoas de todas as idades.
Durante o verão na Patagônia, os
parques nacionais abrigam os
mais variados grupos de visitantes.
Escolas em excursão, idosos,
grupos de amigos, turistas com
guias e pessoas sozinhas. Todos
unidos no prazer de caminhar em
meio a um ambiente extremamente belo e incontaminado.
Se você pretende praticar trekking na Patagônia, saiba que é fundamental levar agasalho contra o
frio e também roupas impermeáveis, pois chove com frequência.
Na mochila, que deve ter uma armação para sustentar o peso da
carga, leve todo o equipamento
necessário para acampar: barraca,
saco de dormir, fogareiro, panelas, comida, roupas etc.
(MM)
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