Com infra-estrutura para abrigar seus 2 mil habitantes, região é tomada por 15 mil turistas no Réveillon

MARIANA DESIMONE
ENVIADA ESPECIAL

AO CABO DE SANTA MARTA A 15 minutos de balsa de Laguna, cidade na porção sul do litoral catarinense -121 km de Florianópolis-, o cabo de Santa Marta guarda paisagem única. Reúne sambaquis, dunas e praias. E atrai, no verão, muita gente jovem atrás do prometido agito de Santa Catarina.
O local não foi "descoberto" agora: Santa Marta angaria fama desde 1891, ano de inauguração do seu farol.
Com três praias principais, Prainha, Cardoso e Cigana, que recebem ondulações e ventos diversos, o local é destino de surfistas em busca de ondas diferentes ao longo do ano.
Mas o cabo é democrático e não tem diversão só para surfistas. Há muitas trilhas, como a que leva à praia da Cigada ou à lagoa de mesmo nome. Há a prática de sandboard nas dunas da praia do Mocó, aonde se chega por meio de uma trilha leve, para iniciantes. A região ainda recebe os amantes de motocross, que não se desapontam.
O banho de sol tem perfis diferentes nas três principais praias da região. Na Prainha, é mais familiar. Nessas areias, é possível alugar um guarda-sol por R$ 3 ou uma cadeira de praia por R$ 5 na loja de artesanatos Raio do Sol. A praia tem grandes restaurantes à beira-mar e supermercados. No Cardoso concentram-se os jovens e, portanto, os bares. E na Cigana, por conta do acesso mais difícil, o banho é mais tranquilo. Os carros baixos atolam na areia do caminho. Assim, não há bares nem quiosques. Se quiser passar o dia lá, leve água e um lanchinho.
Comida, aliás, não é um ponto forte. As opções se restringem aos tradicionais pratos feitos de peixe frito, camarão ou frango ou empanadas.
Quem gosta de comer bem deve alugar uma casa, que geralmente tem cozinha bem paramentada. O aluguel das casas é fonte de renda comum das famílias moradoras do cabo: os 2 mil habitantes geralmente mantém um segundo imóvel. No verão, saem de moram e alugam a visitantes.
A dica para aproveitar 100% o cabo de Santa Marta é simples: evite os períodos de lotação, como o Ano Novo. O número de visitantes do ano passado aumentou de 10 mil para 15 mil do Révellion de 2006 para o de 2007 -vale lembrar que no lugar moram 2 mil pessoas. Há, portanto, infra-estrutura para 2 mil pessoas -menos de um sétimo do número de turistas que abarrotam essa porção de terra no alto verão.
Portanto, quem busca tranqüilidade na praia deve rumar a Santa Marta na baixa temporada ou entre a segunda metade de janeiro e o Carnaval, quando o local volta a encher.


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