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ALEMANHA RENOVADA
Seja qual for seu trajeto ciclístico, não deixe de ver o Portão de Brandemburgo e o Parlamento/Reichstag
Confira roteiro para fazer de bicicleta
DA REDAÇÃO
Metrópole onde vivem 4,5
milhões de pessoas, Berlim é
plana e, como Paris e Amsterdã, o aluguel de bicicletas por lá
é comum. Se o frio deixar, tire o
dia para pedalar, pagando pelo
aluguel 12 por dia (24 horas).
A Alemanha é o país europeu
com a mais ciclovias -e Berlim, em frenética revitalização
urbana, não foge à regra.
Pesquise informações e mapas de ruas ("strasse") nos sites
(www.visitealemanha.com;
www.informationberlin.de e
www.visitberlin.de). Qualquer que seja sua rota ciclística
ou pedonal, não deixe de ver o
Portão de Brandemburgo
(1795) e, ao lado, o Parlamento/Reichstag, revitalizado com
a adição de cúpula projetada
pelo inglês Normam Foster, 74.
Deixando o portão, siga a
Eberstrasse até o Memorial do
Holocausto. São 2.711 blocos de
concreto de várias alturas, que
formam um labirinto alusivo
ao terror do extermínio de seis
milhões de judeus na Segunda
Guerra Mundial (1939-1945).
Saindo do centro de informações, siga pela Gertrud-Kolmarstrasse uns 200 m até ver o
painel na calçada, à esquerda
na rua, a planta do bunker onde
o ditador nazista Adolf Hitler
(1889-1945) passou os últimos
dias de sua vida, até cometer
suicídio. Não há nada a ser visitado, só a placa, mas o local suscita no passeante a reflexão sobre o horror das guerras.
Vire à esquerda na Vosstrasse e à direita na Wilhelmstrasse. Bem próximo ao painel está
a mostra "Topografia do Terror". É no quarteirão onde há
um pedaço do que restou do
muro de Berlim que, construído em 1961, ruiu há 20 anos, em
9 de novembro de 2010, quando a cidade foi reunificada.
A exposição, a céu aberto, é
apavorante. A história do Holocausto é contada por meio de
painéis. Parte dos prédios erguidos na área foi destruída na
Segunda Guerra -e o que restou do sítio imposto pelo exército russo no final do conflito
mundial foi demolido. Hoje, o
quarteirão é um terreno plano,
de terra batida. Há um prédio
que está sendo construído para
ser um centro de documentos.
Depois, dali, siga até pela
Zimmerstrasse até a Friedrichstrasse e logo vai ver o
museu Mauer (www.mauermuseum.de), no Checkpoint
Charlie -fica a menos de 700
metros da "Topografia do Terror". Outro ponto histórico de
Berlim de dar arrepio pela carga história que carrega. Na área
havia um posto de controle
-ou ponto de checagem- entre os lados da cidade dividida
pelos soviéticos. No museu,
histórias das tentativas -muitas sem sucesso- de cruzar a
barreira para o lado ocidental,
desde a sua criação, em 1961,
até a sua queda, em 1989.
Ao sair do Checkpoint Charlie, continue no sentido sul pela Friedrichstrasse. Vire à esquerda na ETA Hoffmann Promenade e, chegando a Lindenstrasse, entre no Museu Judaico, projeto de Daniel Liebskind, 63, filho de judeus poloneses sobreviventes do Holocausto que se naturalizou norte-americano em 1965, mas
vive em Berlim desde 1989.
Já de fora dá para sentir a
carga histórica. A fachada tem
janelas diminutas e a estrutura
é metálica. Dentro, veja Torre
do Holocausto (www.holocaust-mahnmal.de). É impossível não sentir o sufoco. A
sala de 25 m de altura simboliza as câmaras de gás onde judeus foram exterminados. No
alto, uma fresta deixa pouca luz
entrar, e só é possível ouvir o
barulho de fora, sem nada ver.
Mesmo no Museu Judaico,
há uma árvore de plástico onde
os visitantes podem colocar papéis com os desejos. Continuando na exposição, há espaços que vão contando a história
dos judeus-alemães antes dos
horrores do Holocausto promovido na era nazi-fascista.
Novos caminhos
Para desvelar outros períodos dessa metrópole marcada
pela história, vá à praça Potsdamer e ao centro de entretenimento pós-moderno Sony
Center,
onde há mostras dedicadas à
TV, lojas, cinema Imax é bons
restaurantes típicos.
E, se tiver fome de ver antiguidades inimagináveis, reserve horas para o museu Pergamon, com objetos e ruínas gregas, romanas, islâmicas e a própria estrutura original, de 120
d.C., do portão de Mileto, cidade romana da Ásia Menor.
LUISA ALCANTARA E SILVA E SILVIO CIOFFI
BERLIM SUBTERRÂNEA:
www.berliner-unterwelten.de
TOPOGRAFIA DO TERROR:
Niederkirchnerstrabe, 8; até abril,
das 10h às 18h; de maio a setembro,
das 10h às 20h; entrada gratuita
www.topographie.de
MUSEU JUDAICO:
Lindenstrabe, 9-14; domingo a terça, das 11h às 17h45; quinta (11h-20h); sexta (11h-16h); sábado (11h-17h45); fecha às quartas; 5
www.jmberlin.de
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