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FÉRIAS
Com o dólar baixo, cresce a procura por passagens, e o preço sobe até US$ 901; conexão pode ser solução para economizar
Rota "ilógica" traz economia em vôo a Europa
JULIANA DORETTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Se o seu destino de férias for
Londres, mas sua passagem ainda
não foi comprada, prepare-se.
Você pode fazer escalas em Milão,
na Itália, ou Lisboa, em Portugal.
A parada extra pode ser uma forma de economizar -conseguindo uma tarifa menor em uma
companhia aérea que não voa diretamente à cidade escolhida-
ou talvez o único modo de voar, já
que não é fácil conseguir lugar nos
aviões que decolam em julho.
A British Airways, por exemplo,
que leva passageiros sem escala
para a capital do Reino Unido,
tem lugares na classe econômica
somente a partir de 14/8 -mas há
sempre a lista de espera.
Mais gente viajando no período
de folga significa que as tarifas
mais promocionais já sumiram
do sistema de reservas das companhias. Há vôos em que os lugares ainda disponíveis estão sendo
vendidos por até US$ 901 acima
do preço mais baixo operado na
alta temporada (caso do vôo para
Londres pela Air France).
Por isso, compensa fazer um
percurso não muito lógico em termos de geografia, mas muito sensato na questão economia. A rota
São Paulo-Londres pela Alitalia fica US$ 1.051, nos dias 10 e 17 de julho. Pela TAP, fica US$ 1.292, em
17 de julho (veja no quadro ao lado preços de sete companhias,
para cinco destinos na Europa,
em três datas diferentes).
"Hoje, o quadro está pior do
que estava no início do ano. O dólar está muito barato, e o custo da
viagem como um todo diminui. O
hotel, a refeição... Assim, quem
achava que ficava apertado comprar uma passagem de avião agora pode voar. E quem já viajava
passa a viajar mais ainda", diz
Leonel Rossi Júnior, diretor de assuntos internacionais da Abav
(Associação Brasileira de Agências de Viagens).
Na volta, o problema se repete.
Os vôos para a Europa estão praticamente lotados nas primeiras semanas de agosto: os lugares só começam a aparecer a partir da segunda quinzena do mês.
"Até os agentes de viagem têm
problemas para conseguir boas
tarifas. Mas entre eles há diferentes formas de aproveitar as ofertas. Uma escala nem sempre é
ruim, por exemplo", diz Rossi.
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