DA ENVIADA ESPECIAL

Turistas antenados em moda e design devem rumar a Chueca. O bairro delimitado pelas ruas Barquillo, Hortaleza, Gran Vía e Fernando 6º não gozava de boa fama, mas se recuperou graças à sua vocação modernosa.
Antigo reduto de marginais, Chueca reviu a tranquilidade à medida que empreendedores abriam suas lojas por ali.
O aluguel baixo e a posição central foram fatores definitivos para que, pouco a pouco, as ruas fossem tomadas de comerciantes e consumidores ávidos por novidades.
Mas o que mais mudou a cara do bairro foi a sua adoção pelos gays. Criou-se, então, um animado circuito de bares, restaurantes e butiques superalternativas.
Com a crescente fama, lojas internacionais, como a Levi's e a Diesel, ou espanholas gigantes, como a Zara, se instalaram nas mesmas ruas de outras que começaram pequenas e agora crescem a passos largos, caso da Divina Providencia (www.divinaprovidencia.com) e da Global Cotton (www.globalcotton.net).
As lojas ficam abertas até tarde, algumas até as 22h, e pode-se emendar as compras com a ronda madrilena.
Por volta das 21h, na porta do metrô Tribunal, começa a marcha. Grupos de amigos se encontram e rumam para um bar. Tomam chopes, comem tapas (petiscos), saem, vão a outro bar, tomam chopes, comem tapas, saem e vão a outro bar.
E esse ritmo segue até acabar o pique da turma, o que pode acontecer bem tarde.
Chueca não é o único cenário dessas noitadas, mas a sua concentração de bares facilita a vida dos rondeiros.

Em obras
Em alguns meses, o bairro terá um atrativo a mais. Fechado para reformas, o museu Romântico, espremido na rua San Mateo, uma travessa da Fuencarral, estava caindo aos pedaços.
Ele abriga um acervo de obras do período romântico. A reforma, estima-se, deve acabar até o meio do ano.