São Paulo, segunda-feira, 12 de fevereiro de 2001

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Local foi urbanizado por Luís 13

DE PARIS

Antes de ser moradia de ricaços de Paris, a ilha de Saint Louis já serviu de pasto para vacas, entreposto para comerciantes e morada para pescadores.
O arquipélago foi originalmente batizado como ilha de Notre-Dame. Em 1614, o rei Luís 13 começou a expansão organizada da ilha e ordenou que fossem construídas ruas, pontes e casas no local.
Foi o monarca também quem rebatizou a ilha, em homenagem ao seu antecessor, que era conhecido como um homem muito bom e piedoso.
A ilhota logo virou moda entre a classe abastada. Muito do sucesso do lugar deveu-se ao trabalho do arquiteto Louis Le Vau, que projetou boa parte dos prédios que estão até hoje nas margens do Sena -inclusive sua própria casa, no número 3 da Quai d'Anjou.
Le Vau também projetou o prédio mais suntuoso da ilha, a igreja St-Louis-en-L'Île.
No número 17 da Quais d'Anjou fica o hotel de Lauzun, outra obra de Le Vau.
Projetada em 1657, a construção, emoldurada por calhas em formato de serpente, foi frequentada por escritores como Racine, Molière e La Fontaine.
Em 1840, o prédio foi vendido para o livreiro Jérôme Pichon, que alugava quartos para artistas, intelectuais e escritores.
Um dos cômodos foi alugado por Charles Baudelaire, que escreveu "Flores do Mal" enquanto morava ali. Atualmente, o hotel está em reforma. (CA)


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