São Paulo, segunda-feira, 12 de fevereiro de 2001

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CIDADE DAS ÁGUAS

Parque abre centro de visitantes, lojas e restaurante

Iguaçu inicia milênio com atrações inéditas

Andrea Miramontes/Folha Imagem
Turista filma as cataratas do Iguaçu, que tem 275 saltos e cujo nome significa 'água grande'


ANDREA MIRAMONTES
ENVIADA ESPECIAL A FOZ DO IGUAÇU

Quem visitar o Parque Nacional do Iguaçu este ano vai perceber que ele ganhou três novidades: um centro de visitantes, ônibus elétricos e o Porto Canoas, um espaço com lojas de suvenires e restaurante panorâmico.
As novidades fazem parte da primeira fase de um projeto realizado pela Cataratas S/A, holding que ganhou a concorrência de privatização do parque em 1998 e está investindo R$ 30 milhões para revitalizá-lo.
O centro de visitantes fica na entrada do parque. Em seus 3.000 m2 há bilheterias, banheiros, centro de informações, ambulatório, lojas e posto bancário. Futuramente ele exibirá filmes para educação ambiental.
Após a parada no centro de visitantes, é preciso pegar um ônibus do próprio local para ir às cataratas. "Agora só entram veículos autorizados, os carros particulares estão proibidos", diz Antonella Caruso, assistente de marketing da Cataratas S/A.
Pintados com cores alegres e desenhos de animais nativos, como tucanos e quatis, os ônibus acomodam 75 pessoas. A parte de cima, com capacidade para 51 passageiros, é aberta, com janelas de plástico para quando chover e teto solar. O andar de baixo é fechado e tem ar-condicionado.
Com essa medida, a administração quer diminuir a quantidade de animais atropelados, que era, em média, de dez por semana.
Para alimentação, descanso e compras, foi inaugurado o espaço Porto Canoas, com lojas de suvenires à la Disney, mas, em vez do Mickey e do Pateta, o turista encontra araras e quatis de pelúcia. Nesse espaço há também uma doceria e um restaurante panorâmico, com vista para as cataratas.
Outras atrações serão incluídas no parque, com previsão para funcionamento em 2002. A idéia é aumentar a permanência do turista dentro do local.
Entre elas está o teleférico, que levará as pessoas para um passeio por cima das árvores, e dois elevadores panorâmicos para substituir o atual, que é da década de 50.
Estão previstas ainda a abertura de novas trilhas na mata e a construção de um edifício ambiental destinado a educação e pesquisas.

Polêmica
O parque continua com o título de Patrimônio Natural da Humanidade em Perigo, devido à reabertura da estrada do Colono em 1999. A pista clandestina, que fica longe das cataratas, corta a mata e serve de ligação entre as comunidades vizinhas ao parque.
"São inúmeros os prejuízos ambientais causados pela estrada, não há justificativa legal para que ela continue aberta", diz Clóvis Borges, 41, diretor executivo da ONG Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem, em Curitiba (PR).


Andrea Miramontes viajou a convite do Bourbon Resort & Convention



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