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FIESTA E FOLIA
Salvador simboliza o feriado, Buenos Aires protesta para tê-lo
Na capital baiana, trios mobilizam a cidade; na argentina, tudo fica aberto e há blocos de rua nos bairros
Thiago Guimarães/Folha Imagem
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Desfile de comparsa em Gualeguaychú, que fica na fronteira com o Uruguai, a 226 km da capital
DA REDAÇÃO
Em uma cidade, as ruas ficam
tomadas por foliões desde a
quinta-feira antes do feriado
oficial, a terça-feira gorda.
Na outra cidade, nem feriado
direito é. Não que as pessoas ali
gostem. Elas fazem protesto
para a volta da folga e do folguedo, mas, de todos esses elementos, é com o protesto mesmo
que são mais familiarizados.
Salvador é sinônimo de Carnaval, e Buenos Aires é mais desejada por aqueles que estão
em fuga dos tamborins.
E há portenho que vá à Bahia
e soteropolitano que rume para
Buenos Aires.
O baiano que chega à capital
argentina descobre que "murga" é bloco e "comparsa" é escola de samba. Ali tem Carnaval,
sim, e até o Corsódromo, o
sambódromo de lá, que fica em
Gualeguaychú,
a poucas horas de Buenos Aires, onde há desfile com carro
alegórico, destaque e passista.
Por outro lado, quem não é
de folia consegue fugir dela -o
que é bem difícil de se fazer em
Salvador. O turista sem samba
no pé encontra vasta programação cultural e, melhor, tudo
aberto, já que não é feriado -o
que é melhor ainda, pois é daí
que vem essa história de protesto carnavalesco, uma atração à parte.
Já qualquer um que chegue a
Salvador encara uma maratona, porque é mais ou menos assim o Carnaval de lá. Sai bloco,
sai trio, um atrás do outro e vai
todo mundo atrás -a não ser
quem já morreu.
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