São Paulo, segunda-feira, 12 de abril de 2004

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EGITO NA EUROPA

Depois de 20 anos, peças do famoso faraó egípcio formam grande exposição no continente europeu

Tesouro de Tutancâmon visita a Suíça

DA EFE

O tesouro de Tutancâmon está de volta à Europa após 20 anos, em mostra que vai até o dia 3 de outubro no Museu de Antigüidade da cidade histórica de Basiléia (www.antikenmuseumbasel.ch), na Suíça. A exposição tem 120 peças vindas do vale dos Reis e do Museu de Antigüidades Egípcio, no Cairo, que tem um andar inteiro dedicado ao faraó. A exibição não segue para outras cidades européias, como ocorria no fim da década de 1960 e início da de 1970.
Os organizadores esperam que no mínimo 500 mil pessoas visitem a mostra na Suíça, na qual não está a famosa máscara mortuária de ouro, pois as autoridades egípcias nunca mais permitiram que ela saísse do país depois que foi exposta em Berlim, sumiu e reapareceu danificada.
Desde a grande exposição dedicada a Tutancâmon na Alemanha, em 1981, o Parlamento egípcio decidiu que as peças dos museus nacionais e os objetos encontrados em escavações arqueológicas não sairiam mais do país, com o objetivo de favorecer o turismo, principal fonte de ingresso de dinheiro no país árabe. Uma exceção aconteceu há dois anos, quando o país emprestou objetos para a exposição "Os Faraós", realizada em Veneza, na Itália.
O Egito permitiu, nos anos 60 e 70, a exploração internacional de seu patrimônio, a fim de reunir fundos para financiar a preservação de locais de muita importância arqueológica que estavam ameaçados de destruição, como os templos de Abu Simbel.
A exposição de Basiléia permitirá, por sua vez, a construção de um museu arqueológico aos pés das pirâmides. O Egito recebeu, estima-se, US$ 4 milhões para emprestar as obras para a Suíça.

A exposição
A visita começa com uma apresentação audiovisual em uma sala azul, cor que representa a eternidade. Dali o visitante desce uma escada e segue para salas onde estão os tesouros procedentes das escavações no vale dos Reis, na cidade de Luxor (antiga Tebas).
Seguindo uma ordem cronológica, o visitante admira as peças descobertas na tumba de Amenófis 2º e o mobiliário das tumbas reais da 18º dinastia.
Na seção seguinte é apresentado o faraó Akenaton e a rainha Nefertari. Então vem, finalmente, o espaço dedicado a Tutancâmon, morto aos 18 anos. Nessa sala está a reprodução exata da tumba do faraó tal qual ela foi descoberta em 1922.


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