São Paulo, quinta-feira, 12 de abril de 2007

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Mercado deve sua origem a casinhas na ladeira

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O mercado de São Paulo tem 234 anos. Não o prédio que conhecemos hoje, mas as chamadas "casinhas" da ladeira do Carmo, onde ficava o primeiro mercado fixo a vender cereais, farinha e toucinhos da cidade.
Os mais abastados faziam suas compras nas 15 lojinhas da rua que ficou conhecida como "das Casinhas". Enquanto isso, os mais pobres compravam no mercado informal, no largo da Misericórdia.
Um salto para 1867 e o cenário muda completamente, graças a dois marcos na história de São Paulo: no mesmo ano, é inaugurada a estrada de ferro Santos-Jundiaí e surge um grande mercado na rua 25 de Março com a General Carneiro.
Quando os tataravôs paulistanos iam às compras, encontravam 33 lojas que davam para um grande pátio. Os novos produtos, que agora chegavam mais facilmente do interior e do litoral, dividiam espaço com sujeira. Muita sujeira.
Mais um salto. Desta vez para 1920. O prefeito Firmiano de Morais Pinto autoriza a construção de um novo mercado na Várzea do Carmo.
O arquiteto Ramos de Azevedo (1851 - 1928), autor do prédio dos Correios e do Teatro Municipal, entre outros, é chamado para fazer o projeto. Ficou com o artesão Conrado Sorgenicht a autoria dos vitrais.
Os cinco mosaicos multicoloridos que até hoje podem ser apreciados no mercadão são reproduções de fotografias que o próprio artista fez do dia-a-dia de trabalho da colheita da banana, na Baixada Santista.
Em 1932, um ano antes da inauguração, o galpão serviu de depósito de munição e quartel improvisado para tropas paulistas da revolução Constitucionalista. (PPR)


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