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TERRA DE VULCÕES
Habitantes do arquipélago correm para a praia com a prancha sob o braço ao fim do expediente
Havaí usa traje casual todo dia da semana
ANA LUCIA BUSCH E
CAIO VILELA
ENVIADOS ESPECIAIS AO HAVAÍ
No arquipélago mais isolado do
mundo, a mais de 4.000 km do
continente mais próximo, a natureza peculiar, a riqueza da cultura
e o espírito relaxado do Havaí encantam escritores, poetas e exploradores há mais de 200 anos. Ali,
quase esquecidos no meio do Pacífico, as rosas não têm espinhos,
vulcões cospem fogo sem trégua e
ondas gigantes se erguem do mar.
Alheios aos caprichos da natureza, os habitantes saúdam uns
aos outros com seu simpático
"aloha", palavra que, além de
"bem-vindo", "oi" e "tchau",
"paz" e "amor", significa todo o
espírito das ilhas ao evocar as
bênçãos e as dádivas divinas.
Mesmo na cosmopolita capital,
Honolulu, na ilha de Oahu, somente marinheiros de primeira
viagem saem às ruas com ternos
ou camisas formais.
No ritmo do arquipélago, todo
dia da semana é casual, e as vestes
largas e confortáveis, em tecidos
decorados com frutas tropicais,
coqueiros e dançarinas de hula,
são objeto de desejo do mais yuppie dos havaianos.
Eles colecionam tudo que surge
no estilo das chamadas -não
sem motivo- "aloha shirts", ou
camisas "aloha".
Ao primeiro sinal do fim do expediente, todo mundo corre para
a praia. Crianças, velhos, jovens,
homens e mulheres se aglomeram na areia com a prancha debaixo do braço, deixando bem
claro que o surfe é realmente o esporte nacional.
Iniciantes titubeiam meio sem
jeito em águas quase paradas, e
ídolos mundiais disputam espaço
entre as ondas que chegam a 20 m
de altura no inverno.
No interior das ilhas, trilhas isoladas percorrem enormes gargantas cavadas pela ação do vento,
das chuvas e de gigantescos deslizamentos de terra que tornearam
os contornos desse arquipélago
vulcânico. Rios emoldurados por
bananeiras e samambaias gigantes são alimentados por centenas
de cachoeiras que brotam do alto
das montanhas.
Resorts luxuosos exibem seus
restaurantes finos e campos de
golfe bem ao lado das plantações
de abacaxi, das enormes fazendas
de gado ou dos campos de taro,
um tubérculo que, semelhante ao
inhame, compõe a base da alimentação local.
Nas estradas, automóveis caindo aos pedaços, lotados de surfistas em busca da fama, dividem espaço com os esportivos conversíveis dos turistas.
Tal diversidade faz do Havaí um
paraíso inesgotável. Nas ondas de
Oahu, nos vulcões da ilha do Havaí, nas praias de Maui ou nos cânions de Kauai, o inesperado é a
regra, e cada canto inexplorado, o
início de uma nova aventura.
Ana Lucia Busch, diretora-executiva da
Folha Online, e o fotógrafo Caio Vilela
viajaram a convite do Hawaii Visitors
and Convention Bureau, dos hotéis Outrigger/Ohana, da Soltur Inc. e da Alamo
Rent a Car.
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