São Paulo, quinta-feira, 12 de maio de 2011

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Corcovado é tema para obras de arte

Célebre morro esteve, desde os primórdios, associado às origens da visitação turística da cidade fluminense

No século 19, inglês Augustus Earle subiu o morro e, de lá, pintou aquarela que compõe acervo na Austrália

DE SÃO PAULO

De braços abertos sobre a baía da Guanabara, a estátua do Cristo Redentor, no morro do Corcovado, paira a 710 m de altitude com suas linhas filiadas ao estilo art déco.
Domina, há 80 anos, um cume da serra da Carioca, que separa as zonas Norte e Sul do Rio de Janeiro.
Curiosamente, relato de 1502 dá conta de que o navegador florentino Américo Vespúcio (1454-1512) chamou esse cume de pico da Tentação. E tentados por suas formas supreendentes, pintores e fotógrafos europeus plasmaram o local em obras de arte.
O inglês Augustus Earle (1793-1838) subiu o morro por volta de 1822 e, de lá, pintou uma aquarela que faz parte do acervo na Biblioteca Nacional da Austrália.
Outro artista britânico, James L. Poole (1804-1886), realizou um óleo sobre tela em que a paisagem da praia de Botafogo é emoldurada pelo morro Corcovado.
No final do século 19, foi a vez do fotógrafo franco-brasileiro Marc Ferrez (1843-1923) apontar suas lentes para o pico, já então encimado por um belvedere da época do Império, o Chapéu de Sol.
Culminando a floresta da Tijuca, esse morro esteve, desde logo, associado aos primórdios da visitação turística da Cidade Maravilhosa.
Em 1884, coube ao engenheiro Francisco Pereira Passos (1836-1913) projetar uma estrada de ferro que, associada a tal mirante, transformou o ponto onde o Cristo Redentor seria construído num local de contemplação.
O monumento foi edificado a partir de 1926 e, inagurado em 1931 com a presença do presidente Getúlio Vargas, inseriu simbolicamente o Rio nos modernos roteiros de viagem. (SILVIO CIOFFI)


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