São Paulo, quinta-feira, 13 de janeiro de 2011 |
Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Oito razões para voce ir à Síria (e se apaixonar) Ancestrais, tanto Damasco como Aleppo têm a idade das civilizações Se nenhum dos motivos alegados para visitar o país tiver a ver com você, desvele ali um mundo algo misterioso PRISCILA PASTRE-ROSSI ENVIADA ESPECIAL À SÍRIA Por que a Síria? Essa é a pergunta que você mais vai ouvir quando finalmente decidir fazer esta viagem. Há muitas (e boas) respostas. A que a reportagem adotou foi: "Para conhecer um país árabe não tão procurado -como o Líbano ou a Jordânia -, nem tão austero, como o Irã ou o Iraque." O país oficialmente muçulmano é governado com mão-de-ferro por Bashar al-Assad, que sucedeu o pai em 2000, depois desse ter ocupado o poder por 30 anos. Mas, apesar da rigidez, você também pode responder: "Porque eu quero conhecer duas das cidades mais antigas da humanidade". Damasco e Aleppo, com mais de 3.000 anos de história cada, disputam o primeiro lugar no ranking das cidades há mais tempo continuamente habitadas. Quem gosta de roteiros com um "quê" de ficção científica pode adotar essa: "Para fazer uma viagem no tempo". Porque é isso mesmo que você faz quando entra em um souk (nome dado aos tradicionais mercados árabes). Mercados como o de Hamadiye, um dos mais antigos. Ali, nada é feito para atrair turistas. Há centenas de anos estão ali o mesmo piso, o mesmo cheiro de especiarias, o mesmo jeito de comerciar, o mesmo vaivém de mulheres com véus e seus rebentos a tiracolo. Fãs de história podem dizer que estão indo à Síria para conhecer o lugar que, nos quatro séculos de dominação do Império Otomano (1516-1918), encerrava terras que hoje integram Líbano, Israel, Jordânia e a própria Síria. Uma história tão curiosa que até um ilustre personagem do Brasil chegou a fazer andanças por lá. Em 1876, o inveterado viajante D. Pedro 2º visitou a Síria. Sua paixão é por religião? Além da mesquita Umayyad, há igrejas greco-ortodoxas em Damasco. Uma das cinco mais importante para os muçulmanos, também recebe cristãos interessados em ver o mausoléu com a cabeça de são João Batista. Já as mulheres que gostam de viajar sozinhas podem responder que querem saber como é ir para um país árabe-muçulmano onde as turistas ocidentais costumam ser muito bem-recebidas. Amantes da gastronomia também não têm dificuldade alguma em encontrar uma boa resposta. Pelo contrário: eles podem dizer que estão indo em busca de delícias. À procura de sabores que, apesar de conhecidos por quem frequenta restaurantes árabes em cidades como São Paulo, tornam-se mais especiais se provados ali. Aproveite para provar os kebabs, o babaganuche, o hummus, o shawarma... E saia pelos souks à procura dos temperos preparados com o zaatar. Se preferir, não responda nada. Vá -e volte com uma infinidade de outras respostas convidativas na bagagem. FOLHA.com Conheça mais sobre a Síria assistindo aos vídeos feitos em Damasco e Aleppo folha.com.br/mm858987 Veja galeria com mais fotos da Síria folha.com.br/110114 Próximo Texto: Diferença: Táxi em Damasco não é caro, exceto o que sai do aeroporto Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |