SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO

Antes de descobrir Santos a pé, com seus 5,3 km de orla ajardinados, convém navegar pelos sites www.vivasantos.com.br; www.santos.sp.gov.br e www.alegracentro.santos.sp.gov.br. Porto privilegiado e cidade fundada em 1536 por Brás Cubas -homônimo do personagem de Machado de Assis-, Santos dista 85 km de São Paulo, numa viagem que corta a serra do Mar.
Encerra interesse histórico, reúne restaurantes populares, shopping centers e museus singelos, com destaque para o Museu da Pesca, num forte de 1753 na rua Bartolomeu de Gusmão, 192, e para a pinacoteca com obras de Benedito Calixto, num prédio no número 15 da mesma rua.
Calixto (1853-1927), aliás, foi o artista que retratou a opulência santista na passagem do século 19 para o 20. Até 1867, quando a estrada de ferro Santos-Jundiaí passou a operar, a cidade permaneceu algo sonolenta -tinha menos de 5.000 habitantes.
Foi só quando o café vicejou no planalto paulista que o porto passou a ser o maior do país. E, comissionado pela Cia. Docas, que, em 1892, construiu ali os primeiros 260 m de cais acostável, esse pintor autodidata registrou óleos de valor artístico e documental.
Paisagens marinhas, a zona portuária com seus veleiros comerciais (os clíperes), trenzinhos e um casario, que pouco ou nada mudou, estão plasmados em tinta a óleo em seus quadros.
Assim, mesmo quem não torce pelo "Peixe", codinome do recém-sagrado campeão paulista Santos Futebol Clube, encontra na cidade programação digna de ser vista. "Boleiros" de todos os matizes podem incluir no roteiro a Vila Belmiro, o estádio do time que, fundado em 1912 e localizado na rua Princesa Isabel, 77, erigiu um memorial em homenagem ao seu maior jogador, Pelé.
Já quem gosta de peixe com "p" minúsculo deve ir ao aquário, que, em prédio reformulado, na mesma rua Bartolomeu de Gusmão, abriga 120 espécies marinhas. Outra boa parada é o mercado de peixe na Ponta da Praia, de onde saem as balsas que ligam Santos ao Guarujá.
Ali, próximo ao canal 7, no restaurante Mar del Plata, na av. Alm. Saldanha da Gama, 137/139, com vista para a orla e para os navios que adentram o porto, há um marisco lambe-lambe que, servido com arroz, faz a alegria de qualquer torcida.


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