DA ENVIADA ESPECIAL

Parada obrigatória a ser feita por aqueles que visitam a cidade de Santo Antônio do Pinhal, a queijaria Capralemão é um oásis para os amantes de queijo de cabra -bem como de seus derivados.
Enquanto as crianças podem ver a criação dos animais e até brincar com as cabras, os pais podem partir para a degustação dos tipos exóticos do queijo, cujas principais características são os fortes gosto e aroma.
"Tem esse aqui, que é como um gorgonzola do avesso. É branco por dentro e verde por fora", explica aos degustadores de queijo de cabra de primeira viagem, com uma "santa paciência", o proprietário da queijaria, Uwe Lüdke.

Bagatela
Embora a queijaria fique bastante afastada do centro da cidade -nada que seguir as placas que indicam o caminho ou parar para perguntar a alguém não resolva-, outro ótimo motivo para seguir até a Capralemão são os preços de cada peça -a partir de R$ 3.
A "vedete" da casa é uma espécie de patê de queijo de cabra. O pote de 500 g, que pode ter sabor natural ou de alho, custa R$ 5.

Raça
Criadas por Lüdke desde 1999, quando ele se instalou em Santo Antônio do Pinhal, suas cabras são da raça saanen ou gessenay, de origem suíça, oriundas do vale do Saane, nos cantões de Berna e Appenzell.
Suas principais características são a alta produção leiteira e a persistência de lactação, além de seu leite ser considerado magro.
"Em picos de lactação, minhas 35 cabras, juntas, alcançam a produção de 60 litros por dia", orgulha-se o criador. São necessários de 6 a 8 litros de leite para cada quilo de queijo produzido.
Por causa de seu processo de produção, segredo guardado a sete chaves, os queijos da Capralemão não têm gosto tão forte quanto os convencionais, o que, ao mesmo tempo, agrada àqueles que os consomem pela primeira vez, mas que pode desagradar a seus fiéis seguidores. "Tem gosto para tudo", conclui Uwe Lüdke.
(APO)