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de ônibus
Passes simplificam viagens pela Europa
NA ESTRADA > Bilhetes, que só valem para rotas internacionais, duram 15 ou 30 dias, e servem a 40 cidades do continente
ALEXANDRA MORAES
DA REDAÇÃO
Mochilar pela Europa significa quase sempre comprar um
passe de trem. Há, porém, a opção igualmente interessante de
cruzar as fronteiras européias
de ônibus, que pode sair mais
em conta dependendo da época
e do tipo da viagem. Os ônibus
são mais úteis para quem planeja passar por muitos lugares
em um curto período.
Enquanto um passe de trem
custa, em média, US$ 470 (R$
916) para cinco dias de viagem
que podem ser distribuídos em
dois meses e três países, um
passe rodoviário para 30 dias
corridos sai por 439 (R$
1.179, ou US$ 600), na alta temporada, servindo a 19 países e
40 cidades.
A Eurolines (www.eurolines.com), que oferece os passes, agrupa 32 empresas de ônibus e só opera rotas internacionais, portanto não é possível ir
de um ponto a outro dentro de
um mesmo país. Em compensação, o roteiro pode incluir de
Bucareste a Edimburgo, de
Madri até Estocolmo.
O preço da viagem pode cair
a 299 (R$ 803) se o passe for
usado na baixa temporada.
Mas é para os menores de 26
anos que a empreitada realmente pode valer a pena: o passe de 30 dias custa de 229 (R$
615) a 359 (R$ 964). Na opção
para 15 dias na baixa temporada, sai a 169 (R$ 454).
Por conta dessas facilidades,
estudantes e jovens europeus
são maioria nos veículos, equipados com TVs e banheiros.
Nas poltronas, razoavelmente
confortáveis, há fones de ouvido e rádio. As paradas nem
sempre parecem fazer sentido.
Às vezes só se desce em um
rodoposto perdido em algum
lugar da Alemanha -como numa viagem de mais 12 horas entre Paris e Praga, em que a única parada é no controle de
fronteira da República Tcheca.
O tempo, porém, passa muito rapidamente. Sem buracos
nas estradas européias, é possível dormir por todo o trajeto,
sem sustos. Se for o caso de ficar acordado, a paisagem é
muitas vezes bucólica, noutras
mostra os lados mais feios e
desconhecidos -ou curiosos-
das regiões por onde passa.
O primeiro trecho da viagem
pode ser definido já quando o
passe é comprado, pela internet, nas rodoviárias ou em lojas
da Eurolines (no site, há uma
lista das agências e representantes nos países).
Os demais trechos devem ser
marcados à medida que a viagem se estende, o que dá uma
boa margem para mudanças e
esticadas muito comuns quando se viaja de mochila. É só
procurar os guichês da empresa em cada rodoviária.
É preciso prestar atenção a
bagagens de mão, como em
qualquer viagem. Malas e mochilas têm espaço reservado no
bagageiro, mas é melhor não
exagerar nos volumes, já que às
vezes não se sabe em que condições serão encontradas as rodoviárias do destino.
Em geral, os terminais de
ônibus são como qualquer um
de seus equivalentes brasileiros, sem nada que lembre sofisticação -item supérfluo quando o importante é gastar pouco.
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