São Paulo, quinta-feira, 13 de setembro de 2007

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de ônibus

Passes simplificam viagens pela Europa

NA ESTRADA > Bilhetes, que só valem para rotas internacionais, duram 15 ou 30 dias, e servem a 40 cidades do continente

ALEXANDRA MORAES
DA REDAÇÃO

Mochilar pela Europa significa quase sempre comprar um passe de trem. Há, porém, a opção igualmente interessante de cruzar as fronteiras européias de ônibus, que pode sair mais em conta dependendo da época e do tipo da viagem. Os ônibus são mais úteis para quem planeja passar por muitos lugares em um curto período.
Enquanto um passe de trem custa, em média, US$ 470 (R$ 916) para cinco dias de viagem que podem ser distribuídos em dois meses e três países, um passe rodoviário para 30 dias corridos sai por 439 (R$ 1.179, ou US$ 600), na alta temporada, servindo a 19 países e 40 cidades.
A Eurolines (www.eurolines.com), que oferece os passes, agrupa 32 empresas de ônibus e só opera rotas internacionais, portanto não é possível ir de um ponto a outro dentro de um mesmo país. Em compensação, o roteiro pode incluir de Bucareste a Edimburgo, de Madri até Estocolmo.
O preço da viagem pode cair a 299 (R$ 803) se o passe for usado na baixa temporada. Mas é para os menores de 26 anos que a empreitada realmente pode valer a pena: o passe de 30 dias custa de 229 (R$ 615) a 359 (R$ 964). Na opção para 15 dias na baixa temporada, sai a 169 (R$ 454).
Por conta dessas facilidades, estudantes e jovens europeus são maioria nos veículos, equipados com TVs e banheiros. Nas poltronas, razoavelmente confortáveis, há fones de ouvido e rádio. As paradas nem sempre parecem fazer sentido.
Às vezes só se desce em um rodoposto perdido em algum lugar da Alemanha -como numa viagem de mais 12 horas entre Paris e Praga, em que a única parada é no controle de fronteira da República Tcheca.
O tempo, porém, passa muito rapidamente. Sem buracos nas estradas européias, é possível dormir por todo o trajeto, sem sustos. Se for o caso de ficar acordado, a paisagem é muitas vezes bucólica, noutras mostra os lados mais feios e desconhecidos -ou curiosos- das regiões por onde passa.
O primeiro trecho da viagem pode ser definido já quando o passe é comprado, pela internet, nas rodoviárias ou em lojas da Eurolines (no site, há uma lista das agências e representantes nos países).
Os demais trechos devem ser marcados à medida que a viagem se estende, o que dá uma boa margem para mudanças e esticadas muito comuns quando se viaja de mochila. É só procurar os guichês da empresa em cada rodoviária.
É preciso prestar atenção a bagagens de mão, como em qualquer viagem. Malas e mochilas têm espaço reservado no bagageiro, mas é melhor não exagerar nos volumes, já que às vezes não se sabe em que condições serão encontradas as rodoviárias do destino.
Em geral, os terminais de ônibus são como qualquer um de seus equivalentes brasileiros, sem nada que lembre sofisticação -item supérfluo quando o importante é gastar pouco.


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