São Paulo, quinta-feira, 13 de outubro de 2011

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Consumo diário de erva-mate sinaliza lealdade

PEDRO PAULO CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Além do futebol desmancha-prazeres, os uruguaios têm outra tradição: o consumo diário do chá-mate quente.
Consome-se até três litros de chá diariamente, e o Uruguai, apesar de não ser produtor e importar a erva do Rio Grande do Sul, tem no mate um fator de identidade cultural.
O hábito equipara as classes sociais, cruza as diferenças regionais e consolida a unidade. O antigo hábito rural bucólico dos gaúchos (vaqueiros), que tomavam chá na pausa da lida com ovelhas e bois, convive, hoje, com um ritmo mais acelerado de Montevidéu, a metrópole.
A cuia dos uruguaios é menor do que a utilizada no sul do Brasil. E não é comum ver crianças tomando mate. No Uruguai, é no liceu e na universidade que estudantes iniciam-se na erva. Saudável, o mate amargo é símbolo de lealdade e franqueza.

PEDRO PAULO CARDOSO DE OLIVEIRA é mestre em estudos do desenvolvimento pela Universidade de Genebra (Suíça)


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