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VIAS AMAZÔNICAS
Rios e trilhas desvendam a floresta
Trace seu roteiro a partir de Santarém para localidades como Alter do Chão e a região do rio Tupana
GUSTAVO VILLAS BOAS
NA AMAZÔNIA
São inúmeras as vias pelas
quais a Amazônia se revela ao
visitante: há rios cujas águas se
misturam calmamente, trilhas
que se perdem em meio à floresta, a noite estrelada de um
céu livre da poluição urbana. E
há a riqueza humana, o povo da
floresta e sua cultura, a culinária tradicional, com receitas
herdadas dos índios, e o artesanato das comunidades.
Percorrendo os Estados do
Pará e do Amazonas, todos os
caminhos levam à aventura.
Partindo de Santarém -a terceira maior cidade paraense,
considerada uma porta de entrada para a região do médio
Amazonas-, uma estrada de 35
km, a PA-457, leva até Alter do
Chão, uma vila com praias de
areias brancas às margens do
rio Tapajós.
Já para chegar à região do rio
Tupana, a 170 km ao sul de Manaus, é preciso enfrentar horas
no carro -ou no barco.
No Tupana, o visitante navega por incontáveis curvas fluviais, num local que é habitado
por botos. Com sorte, nas regiões ribeirinhas, dependendo
da época do ano, é possível focar jacarés e ver animais como
iraras, lontras, macacos, além
de tucanos, gaviões e pássaros
de menor porte.
Outro passeio concorrido
perto de Alter do Chão é para a
comunidade do Maguari. Com
um guia local, o visitante pode
percorrer uma trilha na Floresta Nacional dos Tapajós até as
gigantescas samaúmas. Outro
passeio concorrido perto de Alter do Chão explora o canal do
Jari, onde há uma mata com
animais como preguiças e macacos. No caminho, os jacarés e
iguanas podem ser vistos lagarteando ao sol. Entre os pássaros, garças, gaviões e ciganas
não são aves raras.
Cena manauara
Manaus, a capital amazonense, além de início de expedições
pela floresta, reserva ao visitante polêmicas surpresas gastronômicas e locais carregados de
história, caso do Teatro Amazonas, que mais do que centenário, remete à opulência do ciclo da borracha, ocorrido entre
o último quartel do século 19 e
início do 20 -o dinheiro era
tanto que os coronéis da borracha mandavam as roupas para
lavar na Europa, em navios de
cabotagem.
A história se revela em mais
detalhes no museu do Seringal,
localizado na margem do rio
Negro, que reconstitui essa era.
Infra-estrutura
Cada um desses roteiros exige planejamento e cuidados especiais. Há desde alojamentos
rústicos, quase familiares, até
empreendimentos chamados
jungle lodges, verdadeiros resorts em meio à floresta amazônica. Mas, qualquer que seja o
passeio, vale a pena ouvir as advertências e sugestões de quem
mora no local. Até para eles, a
Amazônia encerra surpresas.
300 mil
é o número aproximado de
habitantes de Santarém
3ª
é a colocação de Santarém entre
as maiores cidades do Pará
35 km
é a distância entre Santarém e
Alter do Chão, o centro turístico
mais importante do alto Tapajós
PA-457
é a estrada asfaltada que liga
Santarém a Alter do Chão
5
é o número de dias em que é
comemorada, no mês de
setembro, a festa folclórica do
Sairé, quando são realizados
procissões, ladainhas, jogos e
apresentações de música
7 a 11
são nestes os meses, de julho a
novembro, em que as águas do
rio Tapajós baixam
12 a 6
são nestes os meses, de
dezembro a junho, que acontece
a época das cheias; bom para os
turistas que gostam das práticas
de canoagem e mergulho
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