São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 2008

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internacional

Após terremoto, cidade deve virar museu

LEMBRANÇA - Beichuan, na China, foi fechada após ser devastada por tremor em maio e preserva memória da tragédia

DA ASSOCIATED PRESS

Protegido por uma cerca de arame farpado e guardas, o momento em que um terremoto atingiu a China e destruiu a cidade de Beichuan permanece preservado. A cidade foi tão destruída pelo tremor na Província de Sichuan, no último dia 12 de maio, que o governo chinês decidiu deixar o local como está e reconstruir a cidade. A única questão é onde.
Desde o terremoto, apenas residentes podem entrar em Beichuan, mediante a apresentação de um documento de identificação. Líderes do governo chinês afirmaram que o local será um monumento nacional às vítimas e um museu do terremoto.
A cidade de Beichuan perdeu a metade de seus 26 mil residentes e 70% de seus prédios no tremor. Ao longo de uma estrada, alguns sobreviventes montaram barracas para vender fotos da cidade antes e depois do desastre.
"Após o terremoto, muitas pessoas vieram a Beichuan - chineses e estrangeiros. Aos finais de semana, são centenas de pessoas. O local é uma memória permanente para todas as pessoas", diz Yu Bing, 27.
Seu mostruário de fotos documenta os primeiros momentos do desastre de maio: uma imensa cratera no meio de uma rua, uma mulher caída sangrando, poeira cinzenta cobrindo tudo.
"Ninguém deveria esquecer", diz ele, enquanto vende uma foto por cerca de US$ 1,50 (R$ 3,34) a um visitante de Chengdu, capital da Província de Sichuan.


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