São Paulo, quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

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Bordeaux celebra seu título de patrimônio da Unesco

Cidade passou por restauração e reestruturação que devolveu as margens do rio Garrone aos moradores

Reynaldo Gama/Divulgação/MDLF
Castelo da rota D2, entre Bordeaux e Pauillac


RENATA SUMMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM BORDEAUX

O ano de 2007 marca uma virada importante para a cidade de Bordeaux. Depois de sete anos de uma grande reestruturação urbana, a capital da Aquitânia foi classificada como patrimônio mundial pela Unesco, em junho. Era o que faltava para Bordeaux -outrora considerada quadrada pelos franceses- despertar.
Desde 2000, foi investido mais de 1 bilhão na instalação de 43 km de linhas de "tramway" -uma espécie de bonde silencioso e movido por uma fonte de energia no chão, sem cabos aparentes, que esconderiam as fachadas dos prédios do século 18, restaurados.
A cidade redescobriu a cor de seus edifícios feitos em pedra de tons alaranjados que, até então, estavam cobertos por uma camada cinza.
Todo o investimento está trazendo um bom resultado: Bordeaux, que vinha perdendo seus habitantes para subúrbios de estilo norte-americano, recebe 12 mil novos moradores por ano, desde 1999.
Mas a mudança mais significativa foi a restauração das margens do rio Garrone. É a esse rio que a cidade deve boa parte de sua fortuna, obtida principalmente pelo comércio do vinho, mas também pelo transporte e pela venda de escravos africanos à América.
A reestruturação permitiu aos habitantes de Bordeaux redescobrir a ligação com o rio.


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