São Paulo, quinta-feira, 14 de julho de 2005

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Entendimento de Natal começa no forte

DO ENVIADO ESPECIAL

Em uma viagem pelo sul e pelo norte do Estado, Natal é o "ponto zero". Além de ser conveniente por ter a infra-estrutura de uma capital, orla, história, gastronomia e praias natalenses encantam.
A capital potiguar foi fundada em 25 de dezembro de 1599, com o nome de Cidade de Santiago, e foi posteriormente rebatizada de Natal, devido à coincidência das datas de sua fundação e da festa cristã comemorativa do nascimento de Jesus. Foi ocupada pelos holandeses entre 1633 e 1654, mas o grande desenvolvimento só aconteceu após a década de 1930.
Um bom ponto para começar a entender Natal, tendo uma visão geral do desenvolvimento da capital, é um de seus cartões-postais: o lugar que deu origem à cidade. O forte dos Reis Magos, a primeira construção de Natal, data de 1598 e fica na união do rio Potengi com o mar. Naquela época tinha o objetivo de proteger a costa brasileira de invasões. Hoje, a vista preconiza a emoção que está por vir. Dali, dá para ver as dunas de Genipabu do outro lado do rio.
Ainda no forte, encontra-se o marco de Touros, considerado o primeiro marco oficial da ocupação portuguesa no Brasil, trazido de Lisboa para a cidade de Touros, no Rio Grande do Norte, em 1501. O monumento tem 1,28 metro de altura e foi construído em pedra branca, provavelmente mármore português.
Não muito distante do forte ficam o centro histórico e o bairro da Ribeira. Vá ao teatro Alberto Maranhão, visite os casarões da rua Chile e algumas igrejas centenárias, como a do Rosário, construída por escravos em 1714.
No bairro de Petrópolis, apesar de estar um pouco decadente devido à migração dos negócios turísticos para o bairro de Ponta Negra, o Centro de Turismo de Natal fica sempre cheio de gente. De dia, é ocupado pelos visitantes em busca de artesanato nordestino. À noite, às quintas-feiras, tem um forró para turista. O prédio, que já foi residência de um coronel da cidade, orfanato e asilo e ganhou destaque quando virou cadeia pública, tem uma bela vista para o mar.

Hora do banho
As praias urbanas de Natal são freqüentadas tanto por turistas quanto pelos natalenses. Areia Preta, praia dos Artistas e praia do Forte estão a cerca de 2 km do centro de Natal e já foram a grande badalação da cidade. Hoje elas são freqüentadas por natalenses.
Entre a praia dos Artistas e a do Forte existem os arrecifes, que formam piscinas naturais quando a maré está alta.
De carro ou de bicicleta, uma das imagens mais simpáticas de Natal pode ser conferida na Via Costeira, trecho que liga a Ponta Negra ao centro. No local encontram-se os hotéis de alto padrão. Em alguns pontos não é a melhor opção para nadar, pois há trechos com muitas pedras, e o turista tem que fazer um certo desvio para poder entrar no mar.
A de Ponta Negra é uma das mais badaladas e abriga muitos restaurantes, bares e boates. Passear por sua orla reurbanizada também é um bom começo para se sentir em férias.
No canto da praia fica um outro cartão-postal da cidade, o morro do Careca. Trata-se de uma área de preservação ambiental, uma duna que é a mais alta da cidade, com 90 metros. Já chegou a ter 120 metros, quando era aberto ao público, que não soube aproveitá-lo. O lugar foi degradando, e o perigo de roubos contribuiu para que ele fosse fechado para visitas. (MF)


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