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Motor de Fusca faz volta ao topo
DO ENVIADO ESPECIAL
Muitos acham que a diversão
em Jacumã está na lagoa onde
ocorrem o aerobunda e o esquibunda, mas a volta da aeroviagem
"bundiana" a bordo de um motor
de Fuscão supera a graça de deslizar na areia ou de cair na água.
Cordas aéreas que vão de um lado a outro da lagoa resultam no
aerobunda, em que a pessoa cai
(de "bunda", claro) na deliciosa
água da lagoa. Aos que não sabem
nadar um aviso: não se preocupem, pois, apesar de a profundidade da lagoa ser de quatro metros, há um barquinho que resgata as pessoas e as leva à margem.
A criatividade e o bom humor
do nativo só poderiam resultar
em algo que atrai o turista que fica
com vontade de repetir a dose.
Preguiça de voltar para o alto da
duna? Isso não é problema, graças
ao homem que adaptou o motor
de 1.600 cilindradas de um Fusca,
soldou alguns ferros e colocou um
carrinho num trilho puxado pelo
motor. Digno de aplausos, pois
subir os 30 metros a pé não é nada
fácil. A brincadeira custa R$ 4.
No esquibunda, o turista usa
uma tábua de madeira para escorregar pela areia até cair na água.
Também custa R$ 4, e o mesmo
motor do Fuscão está a postos para trazer o viajante de volta para
cima.
O passeio continua na lagoa de
Pitangui, no meio de uma simpática vila de pescadores, um lugar
calmo onde se pode descansar depois das emoções das dunas e ainda aproveitar para beber ou comer alguma coisa.
O interessante é que as mesas
são dentro da água da lagoa, e os
pés ficam refrescados todo o tempo, enquanto pequenos peixes
passeiam entre as pernas. O drinque mais pedido no bar da Lagoa
é o ula-ula. Servido em um abacaxi aberto, na receita vai suco de
abacaxi, leite condensado, gelo e
vodca, a R$ 7,50. É possível fazer
um passeio de jet-ski, por R$ 10
(15 minutos), ou de caiaque (R$
10, por meia hora). Nadar, descansar e apreciar a beleza do pôr-do-sol após um dia com emoções
não tem preço, é de graça.
A invasão das dunas
O maior perigo que se enfrenta
nas dunas não é o de o buggy capotar, mas sim a invasão de casas,
de ligações elétricas clandestinas e
do esgoto, despejado lá mesmo,
poluindo e degradando o ambiente. É comum as pessoas cercarem um terreno, construírem
uma casa e a colocarem à venda.
"Infelizmente, as autoridades esperam as pessoas se acomodarem
para depois tomar providências",
diz Totinha, bugueiro há 12 anos.
"Se continuar assim, não vai sobrar nada."
(MF)
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