São Paulo, quinta-feira, 14 de julho de 2005

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Motor de Fusca faz volta ao topo

DO ENVIADO ESPECIAL

Muitos acham que a diversão em Jacumã está na lagoa onde ocorrem o aerobunda e o esquibunda, mas a volta da aeroviagem "bundiana" a bordo de um motor de Fuscão supera a graça de deslizar na areia ou de cair na água.
Cordas aéreas que vão de um lado a outro da lagoa resultam no aerobunda, em que a pessoa cai (de "bunda", claro) na deliciosa água da lagoa. Aos que não sabem nadar um aviso: não se preocupem, pois, apesar de a profundidade da lagoa ser de quatro metros, há um barquinho que resgata as pessoas e as leva à margem.
A criatividade e o bom humor do nativo só poderiam resultar em algo que atrai o turista que fica com vontade de repetir a dose. Preguiça de voltar para o alto da duna? Isso não é problema, graças ao homem que adaptou o motor de 1.600 cilindradas de um Fusca, soldou alguns ferros e colocou um carrinho num trilho puxado pelo motor. Digno de aplausos, pois subir os 30 metros a pé não é nada fácil. A brincadeira custa R$ 4.
No esquibunda, o turista usa uma tábua de madeira para escorregar pela areia até cair na água. Também custa R$ 4, e o mesmo motor do Fuscão está a postos para trazer o viajante de volta para cima.
O passeio continua na lagoa de Pitangui, no meio de uma simpática vila de pescadores, um lugar calmo onde se pode descansar depois das emoções das dunas e ainda aproveitar para beber ou comer alguma coisa.
O interessante é que as mesas são dentro da água da lagoa, e os pés ficam refrescados todo o tempo, enquanto pequenos peixes passeiam entre as pernas. O drinque mais pedido no bar da Lagoa é o ula-ula. Servido em um abacaxi aberto, na receita vai suco de abacaxi, leite condensado, gelo e vodca, a R$ 7,50. É possível fazer um passeio de jet-ski, por R$ 10 (15 minutos), ou de caiaque (R$ 10, por meia hora). Nadar, descansar e apreciar a beleza do pôr-do-sol após um dia com emoções não tem preço, é de graça.

A invasão das dunas
O maior perigo que se enfrenta nas dunas não é o de o buggy capotar, mas sim a invasão de casas, de ligações elétricas clandestinas e do esgoto, despejado lá mesmo, poluindo e degradando o ambiente. É comum as pessoas cercarem um terreno, construírem uma casa e a colocarem à venda. "Infelizmente, as autoridades esperam as pessoas se acomodarem para depois tomar providências", diz Totinha, bugueiro há 12 anos. "Se continuar assim, não vai sobrar nada." (MF)


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