DA REDAÇÃO

O Palácio Strozzi, em Florença, abriga até dia 11 de julho a mostra "Botticelli e Filippino -A Inquietude e a Graça", com obras de Sandro Botticelli (1445-1510) e de seu pupilo Filippino Lippi (1457-1504), cujo centenário da morte é celebrado neste ano.
A mostra totaliza 500 milhões em seguro, a cifra mais alta paga em uma exposição de arte. Apenas o seguro de "Natividade Mística", única pintura datada e assinada por Botticelli, custou 55 milhões, uma exigência da National Gallery, de Londres, para emprestar o quadro.
A exposição reúne mais de 60 obras vindas de museus e coleções privadas do mundo todo, algumas inéditas. No total são 25 quadros de Botticelli e 16 de Filippino, além de obras de Leonardo da Vinci, Ghirlandaio e Piero di Cosimo, também expostas para ilustrar o Renascimento.
"É uma homenagem de Florença a Botticelli e Filippino", afirma Antonio Paulucci, superintendente dos museus florentinos.
A exposição começa com sete delicadas obras, incluindo um dos 90 pergaminhos utilizados por Botticelli para ilustrar "A Divina Comédia", de Dante, que pertence ao museu do Vaticano.
Também faz parte da mostra um dos quadros da série "Nastagio degli Onesti", de Botticelli, inspirado no livro "Decameron", de Bocaccio, e encomendado pelo mercador Antonio Pucci para o casamento de seu filho.
A mostra está separada em temas como virgens, alegorias e retratos, e cada sala tem obras dos dois artistas, confrontando mestre e aluno. Ambos pintaram em Florença na mesma época de atuação de Leonardo da Vinci.
"A fama de Botticelli aumentou com os séculos sobretudo por causa da sensualidade das mulheres que pintou em grandes quadros mitológicos", diz Jonathan Nelson, norte-americano especialista em Lippi e curador da mostra, com Pierluigi De Vecchi.