São Paulo, quinta-feira, 15 de abril de 2010

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ROTA 66
Fama do maior cânion da região atrai 5 milhões de visitantes por ano; para mais sossego, siga ao norte

Belezas naturais do Arizona vão além do Grand Canyon

DO ENVIADO ESPECIAL AOS EUA

Numa terra conhecida pela profusão de cânions, a fama e o gigantismo do maior deles, o Grand Canyon, tendem a eclipsar outras atrações do Arizona.
O Grand Canyon é tido como uma das sete maravilhas do planeta, mas o Colorado também divide outras formas naturais esculpidas na paisagem com o sul de Utah e o Arizona.
Visitar o Grand Canyon, no entanto, dificilmente é uma experiência solitária, pois o parque nacional recebe 5 milhões de visitantes por ano. Mas existem formas para fugir do movimento da margem sul.
Uma é conhecer o lado oposto, a margem norte. Apesar das margens distarem 13 quilômetros em linha reta, a viagem por estrada percorre 350 quilômetros -e dura sete horas.
A margem norte é mais alta e a mais fria. Ela recebe só 10% dos visitantes do parque, mas a vista a partir dela é igualmente incrível. Ao contrário da margem sul, a norte fecha nos meses mais frios do inverno.
Quem planeja ir à margem sul de qualquer forma, e ainda assim busca um pouco de sossego, há um mirante mantido em segredo pela administração do parque: o Shoshone Point. Para chegar lá, caminha-se 1.500 metros desde a estrada que margeia o desfiladeiro.
Esse mirante é usado para cerimônias de casamento e eventos reservados, quando se pede ao visitante que respeite a privacidade e não tome a trilha caso haja muitos carros estacionados na discreta entrada.
Se o caminho estiver livre, há a possibilidade de observar o cair da tarde sozinho.
Seguir as principais trilhas cânion abaixo (e depois acima!) seja a pé ou de burro, é uma alternativa para quem tem bom preparo físico. As temperaturas no verão beiram o insuportável e o desnível do topo ao fundo é um perigoso obstáculo para os visitantes sedentários.
Como as hospedagens próximas ao cânion são poucas e mais caras, a dica é usar a cidadezinha de William, por onde se cruza um trecho remanescente da Rota 66, como base.
A região do Grand Canyon tem ainda outras áreas visitáveis. Entre elas, o mirante de Toroweep -um dos mais espetaculares, tem acesso difícil, por longas estradas de terra-; o Skywalk, passarela transparente construída há pouco; e, acima de todas, as cachoeiras de Havasupai, um éden em terras indígenas num afluente do Colorado, onde só se chega a pé ou de helicóptero. (PEDRO CARRILHO)


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