|
Próximo Texto | Índice
NO TABULEIRO
Curto, verão chama a Salvador o quanto antes
Quarta-feira de Cinzas cai já no dia 6/2, levando soteropolitanos a recorrerem ao projeto "Espicha Verão"
MARCIO FREITAS
ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR
A Bahia está entre os destinos mais cobiçados do verão
brasileiro e, sendo sua capital,
Salvador recebe visitantes de
todo o país, sejam aqueles que
ficam ali mesmo e alternam
dias de visitas ao centro histórico e idas à praia, sejam aqueles
que rumam ao litoral em busca
de descanso ou de agito.
Quem vai a Salvador encontra uma cidade que não é assim
tão evidente. É preciso fingir
um pouco ser soteropolitano e
andar pelos mercados, comer
as comidas, tocar as pessoas,
misturar-se.
Para o próximo ano, os tambores do Pelourinho anunciam:
o verão de 2008 será extremamente curto. Se o Brasil só funciona depois do Carnaval, no
próximo ano voltaremos ao trabalho mais cedo. A Quarta-Feira de Cinzas cai no dia 6 de fevereiro.
Com o trio elétrico já silenciado, restará uma cidade mais
tranqüila a descobrir (com exceção de algumas iniciativas turísticas).
O início dessa descoberta é o
Pelourinho, principal cartão-postal de Salvador, lugar ideal
para ser apresentado à face histórica dessa cidade.
O pavimento da rua é de pedra, e os prédios são dos séculos
17 e 18 -alguns precisando de
restauração urgente, outros
transformados em restaurantes, pousadas e lojas.
O Pelourinho foi o primeiro
núcleo urbano de Salvador. Ali
moravam senhores de engenho
e representantes da Coroa portuguesa. A visita a essa região se
faz entrando e saindo de suas
muitas igrejas. A mais impressionante é a igreja barroca de
São Francisco, do século 18. São
Francisco de Assis era rico e
abandonou tudo para servir a
Deus. Mas a igreja construída
em sua homenagem em Salvador herdou não só a riqueza dele, como a de muitos mineiros:
tudo ali é recoberto de ouro.
No pátio interno do convento, as paredes são decoradas
com azulejos portugueses e há
muitas placas estampadas com
mensagens. Uma delas diz: "Inseguro é o domínio do dinheiro". Podemos tomar por verdade esse provérbio, pois o estado
em que se encontra a igreja
mais rica de Salvador é lamentável, embora tenham sido iniciadas obras de restauração.
Para quem nunca experimentou a comida típica baiana,
a dica é o Museu da Gastronomia Baiana, do Senac. Em um
casarão funcionam, com entradas separadas, uma área expositiva que aborda a formação da
cozinha regional e o restaurante-escola, com bufê com 40
pratos típicos, o que permite
provar um pouquinho de tudo.
É uma boa forma de firmar
um primeiro contato com os
sabores locais. Depois do almoço prove um cravinho, mistura
de cachaça, limão, mel e ervas,
na praça Terreiro de Jesus.
Antes de entrar no elevador
Lacerda e descer para a Cidade
Baixa, aproveite para avistar a
baía de Todos os Santos a partir
da praça diante da prefeitura.
Depois, desembolse os R$ 0,05
da tarifa e entre em um dos cartões-postais do Brasil.
RESTAURANTE-ESCOLA SENAC
Pça. José de Alencar, 13/19. De seg.
a sáb., das 12h às 15h30 e das 18h30
às 22h. Bufê: R$ 28 (por pessoa).
Tel.: 0/xx/71 3324-4550
www.ba.senac.br/html/chamadas/museu.asp
Próximo Texto: Cidade desfila ônibus turístico conversível Índice
|