São Paulo, quinta-feira, 16 de abril de 2009

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Nascido em Edimburgo, RLS abraçou vida polinésia

SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO

Autor de "O Médico e o Monstro" e de "A Ilha do Tesouro", conhecido pelas iniciais de seu nome, Robert Louis Stevenson (1850-1894) nasceu em Edimburgo -e viveu seus dez últimos anos na Polinésia.
Viajou inicialmente ao Havaí e, com o fim da realeza nativa, que defendeu, perambulou pelo Taiti, pelas ilhas Cook, Marquesas e Marshall, fixando, afinal, residência em Vailima, na atual Samoa Ocidental, onde ainda hoje é reverenciado.
Nesse mundo ainda ingênuo em que os polinésios -muitos deles canibais- não conheciam a escrita, RLS compilou lendas nativas, se opôs às ocupações imperialistas e virou um semideus vivo. Nas ilhas Samoa, onde está enterrado, seu túmulo traz a palavra Tusitala ("o contador de histórias").

Uma vida de aventura
Oriundo de uma família de engenheiros que projetou 88 faróis nas costas escocesas, Stevenson nasceu perto do Jardim Botânico, numa casinha na Howard place, 8. Quando tinha sete anos, sua família se mudou para uma residência elegante, em Herriot row, 17.
E foi aos 17 que RLS entrou na Universidade de Edimburgo; mais afeito às letras do que aos números, ele logo trocou o curso de engenharia pelo de direito. Em 1869, entrou para uma sociedade literária secreta, a "The Spec" (forma abreviada de "Speculative Society").
Stevenson só conheceu o sucesso aos 30 anos, ao publicar, em 1880, "Deacon Brodie and the Double Life", com W.E. Henley. O livro remete a um personagem mítico da Edimburgo do século 18 -um diácono bondoso que se tornava um vilão à noite. Brodie foi enforcado diante da catedral de St. Giles, em cujo interior há, desde 1887, um baixo-relevo com a imagem de Stevenson.
Em 1886, o romance, reescrito por RLS, foi relançado como "O Médico e o Monstro" (ou "The Stange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde"). Henley jamais o perdoou, mas, a essa altura, RLS já havia zarpado para a Polinésia em busca de aventuras e de um clima melhor para a sua saúde debilitada. Num mundo de ilhas idílicas, esse escocês meio patriota e meio desertor viveu até os 44 anos. Ao morrer, deixou escritos 30 livros.


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