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Nascido em Edimburgo, RLS abraçou vida polinésia
SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO
Autor de "O Médico e o
Monstro" e de "A Ilha do Tesouro", conhecido pelas iniciais
de seu nome, Robert Louis Stevenson (1850-1894) nasceu em
Edimburgo -e viveu seus dez
últimos anos na Polinésia.
Viajou inicialmente ao Havaí
e, com o fim da realeza nativa,
que defendeu, perambulou pelo Taiti, pelas ilhas Cook, Marquesas e Marshall, fixando, afinal, residência em Vailima, na
atual Samoa Ocidental, onde
ainda hoje é reverenciado.
Nesse mundo ainda ingênuo
em que os polinésios -muitos
deles canibais- não conheciam
a escrita, RLS compilou lendas
nativas, se opôs às ocupações
imperialistas e virou um semideus vivo. Nas ilhas Samoa, onde está enterrado, seu túmulo
traz a palavra Tusitala ("o contador de histórias").
Uma vida de aventura
Oriundo de uma família de
engenheiros que projetou 88
faróis nas costas escocesas, Stevenson nasceu perto do Jardim
Botânico, numa casinha na Howard place, 8. Quando tinha sete anos, sua família se mudou
para uma residência elegante,
em Herriot row, 17.
E foi aos 17 que RLS entrou
na Universidade de Edimburgo; mais afeito às letras do que
aos números, ele logo trocou o
curso de engenharia pelo de direito. Em 1869, entrou para
uma sociedade literária secreta, a "The Spec" (forma abreviada de "Speculative Society").
Stevenson só conheceu o sucesso aos 30 anos, ao publicar,
em 1880, "Deacon Brodie and
the Double Life", com W.E. Henley. O livro remete a um personagem mítico da Edimburgo
do século 18 -um diácono bondoso que se tornava um vilão à
noite. Brodie foi enforcado
diante da catedral de St. Giles,
em cujo interior há, desde 1887,
um baixo-relevo com a imagem
de Stevenson.
Em 1886, o romance, reescrito por RLS, foi relançado como
"O Médico e o Monstro" (ou
"The Stange Case of Dr. Jekyll
and Mr. Hyde"). Henley jamais
o perdoou, mas, a essa altura,
RLS já havia zarpado para a Polinésia em busca de aventuras e
de um clima melhor para a sua
saúde debilitada. Num mundo
de ilhas idílicas, esse escocês
meio patriota e meio desertor
viveu até os 44 anos. Ao morrer,
deixou escritos 30 livros.
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