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Pesca move economia até hoje na chamada capital mundial do salmão
DO ENVIADO ESPECIAL
Quando o Congresso dos
EUA aprovou a transformação
do Alasca como o 49º Estado
norte-americano, no dia 30 de
junho de 1958, centenas de moradores da cidade de Ketchikan
celebraram na esquina das ruas
Mission e Front, bem no centrinho da cidade.
Mas a anexação nem sempre
foi pacífica entre os habitantes.
Isso porque, entre os anos 1920
e 1950, quando a região de Ketchikan era o principal centro da
indústria que enlatava salmão,
havia quem, no governo dos Estados Unidos, se opusesse à
pesca industrial desse peixe, temendo a sua extinção.
Assim, foi por pouco que a capital mundial do salmão não impediu que o Alasca se tornasse
um Estado.
Viagem no tempo
A história dessa indústria remonta há mais de uma centena
de anos, quando a enlatadora
Tongass Packing Company se
estabeleceu em Ketchikan.
Corria o ano de 1887 e, logo, o
salmão se transformou na principal riqueza de Ketchikan.
Até 1930, eram 12 as companhias que produziam peixe em
lata, mas, dez anos depois, com
a escassez de peixe, essa indústria, afinal, declinou.
Apesar de todas essas mudanças, a indústria da pesca
responde, ainda hoje, por cerca
de 30% do PIB da cidade -e o
salmão king, também conhecido como chinook, ainda vale
ouro por ali.
A estação em que a pesca é
permitida, inclusive a pesca turístico-esportiva, vai do início
de junho até o final de outubro.
Além do salmão king, são
muito apreciados o salmão vermelho (ou sockeye), o coho salmão (ou silver), o salmão chum
(ou dog) e o salmão rosa (também conhecido pelos nomes
pink ou humpy).
O Alasca ainda é reconhecido
pela qualidade de seu salmão,
mas sofre com a concorrência
daquele que é criado em cativeiro, de qualidade inferior,
produzido em países como o
Chile.
(SILVIO CIOFFI)
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