Na costa norte, moradores de Pirambu fazem artesanato em oiricuri e restaurantes aceitam cartão

DA ENVIADA ESPECIAL A PIRAMBU (SE)

O litoral norte é o menos explorado de Sergipe e, por isso, guarda os encantos do lugar mais selvagem do Estado, a reserva ecológica de Santa Isabel, onde estão os municípios de Pirambu, Pacatuba e Cabeço.
Maior município pesqueiro do Estado, Pirambu, que significa peixe grande, vende camarão -seu principal produto-, mas não faltam ostras, peixes e caranguejos nas feiras livres espalhadas pelo Estado. Aliás, o caranguejo de Sergipe é "exportado" para Recife, Salvador, Maceió, Fortaleza e Natal.
Pirambu encanta de cara. A pequena comunidade de ruas de paralelepípedo é cheia de gente trançando a palha do oiricuri, espécie de palmeira abundante na região, que dá forma a aparadores de prato, bolsas, tapetes etc. As calçadas e quintais são forrados pelas folhas que secam ao sol. Encontram-se de crianças de cinco anos a idosos de 80 manejando a palha. A antiga atividade foi profissionalizada com apoio do Sebrae.
A praça central de Pirambu, toda quadriculada e com pequenas casas de pau-a-pique, tem lojinhas de artesanato, restaurantes e uma simpática ponte que leva a uma área ampla, onde mangue e rio se encontram com o mar.
Pirambu tem sete pousadas e hotéis, restaurantes e caixa 24 horas (Bradesco, na agência dos Correios). Todos os locais aceitam cartão de crédito.
Um exemplo é o restaurante Rio Mar (tel.: 0/xx/79/3276-1164), onde Glícia de Campos serve uma deliciosa lagosta por preços que vão de R$ 30 a R$ 50 e filé de peixe com molho de camarão (R$ 28), de sabor adocicado. Para petiscar, há ostras (R$ 2, a unidade) e manjubinha (R$ 5, a porção).
Um dos pratos principais do restaurante, que fica ao lado do mangue, é o goiamum -espécie arroxeada de caranguejo-, servido com pirão, vinagrete e arroz (R$ 24). O crustáceo recebe tratamento especial. Vive na água salobra e tratada, é escovado, "depilado" e clareado com limão, alimentado com cuscuz e folhas de alface. De sobremesa, prove o doce de mangaba. (FERNANDA GIULIETTI)


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