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NE CONCENTRADO
Em solo baiano, vila de Mangue Seco permanece isolada
Acesso ao local é mais fácil via Sergipe
DA ENVIADA ESPECIAL A MANGUE SECO (BA)
No litoral sul, o destino final
mais famoso é Mangue Seco, na
divisa com Sergipe e a 80 km de
Aracaju. E, apesar de a estrela
ficar na Bahia, o acesso é mais
fácil por Sergipe e, no caminho
até lá, praias como Mosqueiro e
Náufragos, ainda em Aracaju, e
as praias Caueira, Abaís e do Saco, já mais próximo de Mangue
Seco, são imperdíveis.
O acesso saindo de Aracaju é
pela rodovia José Sarney, de
carro ou com a linha Aracaju/
Mosqueiro. Pelo trajeto, surgem praias menos agitadas que
Atalaia, mas igualmente belas e
com boa estrutura.
Vale uma parada na praia dos
Náufragos, assim conhecida
por ter sido o local onde, durante a Segunda Guerra, um submarino alemão torpedeou um
navio brasileiro, fazendo o país
entrar na guerra. Os destroços
da embarcação e o cemitério
onde foram enterradas as vítimas do ataque ficam nessa
praia.
Alguns quilômetros adiante
está o ponto em que se faz a travessia de balsa do rio Vaza-Barris, rumo ao município de Estância, onde estão as praias de
Abaís e do Saco (a 1,5 km de
Mangue Seco, tem barraquinhas com bebidas e camarões).
É comum, na travessia, se deparar com vendedores de caranguejo. Uma corda com seis
deles, ainda vivos, custa R$ 5.
Da praia do Saco, que tem
cinco quilômetros de extensão
e uma estreita faixa de areia, há
duas maneiras de chegar a
Mangue Seco atravessando o
rio Real: pelo porto Nangola ou
pelo porto Cavalo. Do primeiro,
é possível alugar "lanchinhas"
que custam R$ 60 (para até seis
pessoas) e chegam mais rápido.
Do segundo, além da balsa que
foi transferida do bairro Industrial com a construção de ponte
e que encurtou o caminho até a
Bahia, saem catamarãs e escunas a R$ 75 por pessoa.
Na escuna de Paulinho Siqueira, dono da Gazzela e que
também faz as vezes de guia, há
um bar e um restaurante. Ali é
servida desde a famosa mariscada sergipana -uma espécie
de caldinho com ostra, lula, camarão, siri etc.- até lagosta no
bafo, pitu e carne-de-sol. A cachaça de alambique, de cortesia, deve ser tomada da forma
local: comendo caju ou manga
com sal antes de cada gole.
Antes de chegar a Mangue
Seco, pare na ilha da Sogra, um
banco de areia que só aparece
com a maré baixa. Os habitantes contam que o nome surgiu
porque um homem ali deixou a
sogra, e, quando voltou para
buscá-la, ela não estava mais:
um pescador que passava a salvou quando a maré encheu e a
levou de volta para casa.
A diversão é andar pela ilha,
chegando até o lado virado para
o mar aberto, ou ficar na parte
virada para o rio Piautinga, que
ali se mistura com o mar.
Em minutos chega-se ao vilarejo de Mangue Seco. Num braço de terra que se projeta mar
adentro, o lugar fica isolado do
movimento do continente.
(FERNANDA GIULIETTI)
ESCUNA GAZZELA - Tel.: 0/xx/79/9982-8880
www.escunagazzela.com.br
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