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MARCO ALEMÃO
Cenográfica, Berlim tem gosto de "déjà vu"
Roteiro obrigatório passa pelos pontos mais conhecidos, como o portão de Brandemburgo e o Reichstag
Priscila Pastre-Rossi/Folha Imagem
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Vista pra praça Gendarmenmarkt, com a Catedral Francesa, de mais de 300 anos, ao fundo
PRISCILA PASTRE-ROSSI
ENVIADA ESPECIAL A BERLIM
A frase mais comum que se
ouve quando alguém diz que foi
a Berlim é algo na linha "parece
que eu estava entrando no cenário de um filme".
A sensação não é por acaso. A
cidade, sua arquitetura e sua
história sempre foram um prato cheio para alguns dos maiores produtores de cinema.
Ela é palco de "Adeus, Lênin"
(Wolfgang Becker, 2003), "O
Segredo de Berlim" (Steven Soderbergh, 2007) e "Valkyrie",
filme de Bryan Singer com previsão de lançamento em 2009,
que terá Tom Cruise como protagonista. Isso, só para citar algumas produções recentes.
Mas Berlim estava também
nas aulas de história da escola e
nos livros para o vestibular. Por
essas e outras, mesmo quem
nunca esteve na cidade acaba
com uma sensação de "déjà vu"
durante quase toda a viagem.
Roteiro obrigatório
O neo-clássico portão de
Brandemburgo, com sua escultura de seis metros de altura de
uma quadriga romana, no final
da Unter den Linden, figura entre as visitas obrigatórias. Observar o portão à noite é especialmente encantador.
Perto dali fica o Reichstag,
prédio neo-renascentista de
1884 projetado por Paul Wallot, que na década de 90 recebeu uma cúpula de vidro. Assinada por Norman Foster, a partir dela -onde se sobe por um
elevador no interior do prédio- o visitante tem uma vista
de 360º imperdível da cidade.
A entrada é gratuita. O único
inconveniente são as longas e
constantes filas. Mas a espera
vale a pena. Não deixe de pegar
o folheto explicativo na entrada, com versão em inglês, para
localizar os destaques da paisagem. Entre eles, o Debis Tower,
em Potsdamer Platz, prédio de
85 metros de altura do arquiteto italiano Renzo Piano.
Dá para conhecer essas duas
atrações, além da Universidade
Humboldt e a Staatsbibliothek
descendo na estação Unter den
Linden.
Reserve pelo menos um dia
para perambular pela ilha dos
Museus (Museumsilnsel), na
junção dos afluentes do rio
Spree. Foi provavelmente ali
que surgiu o primeiro povoamento da cidade, no século 13.
Destaque para o Altes Museum, construção de Karl Friedrich Schinkel inaugurada em
1830 e até hoje considerada
uma das estruturas neoclássicas mais bonitas do mundo.
Outro programa que não deve ficar de fora de um roteiro
básico é a visita às catedrais
Francesa e Alemã, em Gendarmenmarkt. Na primeira, há um
museu que conta a história dos
refugiados protestantes. Na segunda, um museu sobre a história alemã.
PRISCILA PASTRE-ROSSI viajou a convite da
companhia aérea Lufthansa
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