São Paulo, segunda-feira, 17 de maio de 2004

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CURITIBA

Sta. Felicidade inaugura o seu 1º hotel em agosto

DO ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA

Santa Felicidade, o tradicional bairro fundado pela colônia italiana, quer condimentar o seu turismo e recuperar as suas raízes. O grande pólo gastronômico curitibano, localizado a sete quilômetros do centro, quer, sobretudo, manter o turista por mais tempo em seus arredores. Em agosto, trazendo alento à idéia, será inaugurado o seu primeiro empreendimento hoteleiro.
Partem dos moradores e dos comerciantes locais apelos para que o poder público auxilie na revitalização da área. A reurbanização da avenida Manoel Ribas, que corta a região, é uma das solicitações. O bairro deve também organizar uma nova comemoração do Natal. Está em contato com os realizadores das festas de Gramado, no Rio Grande do Sul, e de Foz do Iguaçu, no Paraná.
Festivais típicos têm sido propostos, mas existe ainda a procura por patrocínios. Um concurso para eleger as melhores fotografias do lugar deve ser lançado neste ano. A Associação Comercial e Industrial de Santa Felicidade luta para que parte do comércio (composto por lojas de artesanato e de móveis, por exemplo) fique aberta até as 22h, para acompanhar o fluxo dos freqüentadores dos restaurantes. O bairro encerra ainda indústrias produtoras de vinho.
"A idéia é fazer com que o visitante venha para cá não apenas para comer. Queremos que ele coma e depois passe o resto do tempo passeando, percorrendo o comércio", diz o presidente da associação, Beto Madalosso, 25, da família que é proprietária dos restaurantes Velho Madalosso, de 1963, e Novo Madalosso -este, com 4.645 lugares, considerado um dos maiores do mundo.
Um dos motores da tentativa de incremento turístico é o estabelecimento de um Holiday Inn Express em Santa Felicidade. Orçado em R$ 8 milhões, terá cem quartos, uma academia de ginástica, um auditório e um bosque de preservação. O hotel conservará um imóvel tombado de 1890, a Casa dos Contos, onde serão exibidos painéis com a memória do bairro. Uma velha "nonna" contará histórias sobre a vizinhança às quartas-feiras e aos domingos. (PEDRO IVO DUBRA)


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