São Paulo, quinta-feira, 17 de maio de 2007

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TERRA SANTA E DIVIDIDA

Cidades mesclam sensações de tensão segurança nas ruas

Viagem requer diversos cuidados especiais; aproveite para provar a multifacetada culinária israelense

PRISCILA PASTRE-ROSSI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Até Zurique, a partir de Guarulhos, em São Paulo, são 12 horas de vôo. De lá, é preciso encarar mais quatro horas de viagem até o aeroporto de Ben Gurion, na capital Tel Aviv.
Antes de ficar mais 50 minutos dentro de um carro até Jerusalém, reserve uma quantidade incerta de minutos -ou de horas- para explicar aos oficiais da alfândega o que foi fazer naquele país.
Se depois de ir a Israel e à Palestina o visitante planeja conhecer países muçulmanos, com exceção do Egito e da Jordânia, ele deve pedir na imigração para que não carimbem o passaporte -e, sim, o formulário de imigração que é preenchido durante o vôo.
Mas a viagem para Israel não começa precisamente na hora em que o turista entra no avião. Antes de fazer as malas, a dica é ficar atento ao noticiário sobre o local, para evitar surpresas.
A sensação de estar em um palco de tantos conflitos chega a ser dúbia. Ao mesmo tempo que o clima de tensão paira no ar no meio de tanta mistura religiosa e do humor dos soldados israelenses, cidades como Jerusalém e Belém, normalmente cheias de turistas, podem render uma sensação de segurança inesperada.
Morador do Rio de Janeiro, o enviado especial da Folha, Pedro Carrilho, garante ter se sentido mais seguro caminhando à noite por essas duas cidades do que perambulando por ruas cariocas.
O clima fica mais complicado em Hebron -onde ele chegou a ouvir tiros à distância (nada muito diferente do que está acostumado a ouvir próximo às favelas do Rio, garante)- e em Nablus. Antes de pensar em colocá-las no roteiro, volta a valer a dica de ficar atento ao noticiário da região.

Transporte e barreiras
Para se locomover na Palestina há táxis que trabalham como uma espécie de "lotação".
Em Jerusalém, há ônibus urbanos separados para judeus e árabes, mas o visitante pode usar qualquer um deles.
Não há um transporte público que cruze as fronteiras entre as cidades demarcadas pelos "check points". Para ir de uma para outra é preciso trocar de veículo. Quem está de carro particular pode fazer a travessia sem esse problema -não sem antes ser abordado nos "check points", claro.
Vale contratar um guia. Além de ele conhecer bem os lugares, poderá intermediar as conversas com os soldados.

Comer para chuchu
As melhores cidades para comer são Jerusalém e Tel Aviv, que têm bons restaurantes. Há opções de lanchonetes fast food, culinárias chinesa, indonésia, francesa e italiana.
Mas aproveite a chance para provar a gastronomia israelense. Tanta mistura cultural resultou em pratos como o charuto marroquino (massa fina e frita recheada de carne moída e pimenta) e o mussakhan (prato palestino feito com frango assado e amêndoas, cebola e especiarias sobre um pão).
Dependendo da fome, um shawarma, lanche vendido em barracas na rua e que custa 15 shekels (R$ 7,50), pode fazer as vezes de um almoço.


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