DO ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

Londres caiu na real e decretou um ano de festa: quase todos os seus museus, prédios públicos e palácios têm neste ano mostras alusivas ao Jubileu de Ouro (veja quadro na pág. F2).
Usados pela rainha como moradia, o palácio de Buckingham, no centro de Londres, e o castelo de Windsor, a oeste da capital, que há um par de anos têm suas portas abertas para o público de agosto a setembro, não fogem à regra.
Até 12 de janeiro de 2003, na Queen's Gallery, no palácio de Buckingham, a coleção "Tesouros Reais" confere o gosto dos monarcas através de suas coleções de arte, exibindo 450 obras que abrangem 500 anos de história -e que foram selecionadas em oito residências reais (aberta diariamente, das 10h às 17h30; adultos pagam 6,50 libras). Entre as pinturas expostas, há quadros de Rembrandt, Holbein, Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rubens, Raphael e Canaletto.
Visitado anualmente por 50 mil pessoas, Buckingham, residência de reis britânicos desde 1837, abriga outra exposição especial, com alguns do 1.500 presentes recebidos pela monarca em 50 anos de reinado. Os objetos incluem uma canoa polinésia das Ilhas Salomão, uma echarpe de seda dada por Nelson Mandela e até desenhos de Salvador Dalí.

Além do jardim
O castelo de Windsor, que contabiliza 900 anos de história e quase foi consumido por um incêndio em 1992, ganhou, neste Jubileu de Ouro, um novo jardim, desenhado por Tom Stuart-Smith.
Dentro, além da coleção de armaduras, de jóias da Coroa e do quadro de Van Dyck retratando o rei Charles 1º, vale ver a galeria de desenhos (The Drawings Gallery), que tem no acervo desenhos de Leonardo da Vinci (aberto diariamente das 9h45 às 17h15; adultos pagam 11,50 libras).
Windsor também é sede de uma mostra de fotografias até 3 de novembro, a "Rainha e Câmera 2002: Celebração do Jubileu de Ouro em Fotografias", que conta em imagens a história de Elizabeth 2ª desde o momento em que ela chegou ao aeroporto de Londres, proveniente do Quênia, três dias após a morte de seu pai.

Mais jubileu
Templo onde foram sepultados os grandes vultos da história do Reino Unido, a abadia de Westminster também terá programação diferenciada até o dia 23 deste mês, realizando concertos e mostras (www.westminster.gov.uk).
No dia 4 de julho, na igreja de Todos os Santos (All Saints Church), em Tooting, um coral de 250 vozes será acompanhado por cem músicos (www.wandsworth.gov.uk). No dia 26, outro evento musical reúne bandas em Richmond, no The Star and Garter Home (www.nationaltrust.org.uk/southern).
Em julho, no dia 5, uma festa no London Zoo terá música ao vivo, mostra de fotografias e entretenimento para toda a família (reservas necessárias; informações, www.londonzoo.co.uk).
Até 14 de julho, é a vez do Victoria & Albert Museum (www.vam. ac.uk) mostrar uma coleção de 200 tiaras usadas pela realeza e até por celebridades modernas, incluindo peças de ourives como Carl Fabergé, Louis Cartier, Tiffany, Lalique e da figurinista Vivienne Westwood.
No mês de agosto, entre os dias 4 e 29, novamente o palácio de Buckingham rouba a festa, abrindo as suas Salas de Estado.
Quando entrar setembro, o Jubileu de Ouro vira uma caminhada circular, percorrendo o caminho entre South Bank, na margem oposta ao Big Ben (leia nas pág. F8 e F9), o hospital St. Thomas, a Torre de Londres e retornando às Casas do Parlamento (tel. local 44/0/474-537656).
Em Edimburgo, capital da Escócia, a parada é no palácio de Holydroodhouse, outra residência real. Informações sobre os castelos: www.royal.gov.uk. (SC)


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